Com um maranhense à frente da Secretaria de Turismo, Salinópolis vem desenvolvendo um conjunto de ações que colocam a cidade na rota de um turismo sustentável, histórico, cultural cada vez mais atrativo.
Por Gutemberg Bogéa
Salinópolis ou Salinas, como os paraenses costumam chamar, esse é um dos destinos do Pará que mais tem chamado a atenção dos turistas que buscam esse litoral, a cerca de 220 km de Belém. Uma região privilegiada pela natureza, recanto de aves das mais variadas espécies, onde o entardecer reluz em cores no horizonte.
Com um conjunto de bens propícios ao desenvolvimento sustentável e histórico, o lugar se destaca pela beleza, exuberância e extensão de suas praias, mangues e vegetações. Salinópolis, essa bela cidade do Pará, pode ser alcançada de São Luís através da BR-135 ou em viagem mais rápida pela MA-106, após travessia de uma hora e vinte minutos no ferry boat, da Ponta da Espera ao Cujupe. De lá, por 3 horas se atravessa os municípios de Bequimão, Pinheiro, Santa Helena, Turilândia, até atingir o município de Nunes Freire, na BR-316. Da cidade maranhense, 261 km, em mais 4 horas de viagem, levam o viajante até o destino turístico paraense, Salinópolis, em um total de oito horas e vinte minutos.
Ao chegar na cidade, um imponente Farol de orientação marítima, com 39 metros de altura e 147 degraus, com alcance de 13 milhas, nos proporciona uma das mais belas vistas da região. O Farol veio para o local deslocado do Apeú, em 1936, e colocado no ponto mais alto da cidade em 1937, devido à queda do antigo farol da cidade de Salinópolis.
De acordo com o Sargento Faroleiro da Marinha do Brasil, Elton Flávio dos Santos Araújo, a cidade foi crescendo e se acomodando em volta desse belo patrimônio dos Salinopolitanos. “A localização estratégica da edificação, como sendo o ponto mais alto da cidade, despertou na população um fascínio pelo avistar de tantas belezas naturais que a cidade tinha e tem a oferecer”, comentou Elton Flávio. O Farol, que no passado recebia visitações, hoje se encontra impossibilitado de receber pessoas devido ao desgaste de sua estrutura, causada pela salinidade em suas bases. A Marinha do Brasil aguarda, então, o trabalho de manutenção, para que em breve seja retomado os trabalhos de visitação.
Salinópolis apresenta uma gama de atrativos para quem visita o município. A exuberância de suas belezas naturais são presentes em toda extensão de seu litoral, com praias de areias brancas e finas, entre elas: Atalaia, Da Corvina, Maçarico, Marieta (Ilha do Marco), Fortaleza, Castelo, Areião, Porto da Praia, Ponta da Maria Baixinha e Inajá (dos Pilões), todas elas um convite ao desfrute.
A contemplação da natureza é uma das principais atividades turística da cidade, com passeios náuticos pelos mangues, vegetações, com destaque para os finais de tarde onde as revoadas e cantos de pássaros se misturam às cores de um fantástico pôr do sol nas margens dos rios Urindeua e Maramuipy.
O turismo em Salinópolis
A cidade paraense possui em torno de 55 mil habitantes, 18 vilas e mais 12 km de praias com 75 barracas, restaurantes na Praia do Atalaia, principal reduto do turismo na cidade, única com acesso de veículos na faixa de areia. Sua economia gira em torno do turismo e da pesca. Hoje o município conta com uma forte rede hoteleira, com mais de 60 meios de hospedagens, propiciando mais de 4.500 leitos, além dos grandes empreendimentos, como resorts, o Aqualand com parque aquático e 2 torres de apartamentos a serem inauguradas e o Gav Resort, com parque aquático e 6 torres de apartamentos, e mais uma previsão de mais duas a serem inauguradas no inicio de 2022. A cidade breve inaugura o seu aeroporto para aviões de grande porte, sendo mais uma opção de transporte para Salinópolis. A estratégica cidade paraense se prepara para receber vários projetos estruturantes, como o pórtico da cidade, rotatória e pórtico da entrada da Vila de Cuiarana e a grande Tapiocaria no Maçarico.
Com uma variedade na gastronomia proporcionada pelos frutos do mar, Salinópolis possui uma grande produção de ostras, oriundas principalmente da Vila de Santo Antônio de Urindeua, produção essa bastante explorada nos restaurantes da cidade e principalmente pelas barracas de praia, que oferecem essas iguarias nas mais diferentes formas, além de misturas exóticas que satisfazem os visitantes nos mais diversos gostos e paladares.
Salinópolis tem o reconhecimento do Ministério do Turismo por estar no mapa do turismo brasileiro na categorização B, e tem na pasta do turismo o secretário Júlio Porto Grande, um maranhense batalhador nascido em Pindaré-Mirim (terra do cantador de bumba-meu-boi Coxinho), e criado em São Luís, onde morou nos bairros do Belira, Lira e Macaúba, estudando em colégios como Sousândrade, Getúlio Vargas e Cema, na Camboa. É um apaixonado por Salinópolis, e trabalha incansavelmente para o desenvolvimento do turismo no município, organizando grandes eventos na administração e desenvolvimento turístico daquela região.
Júlio Porto Grande participou da elaboração do plano de desenvolvimento integrado do turismo sustentável de Salinópolis, reativou o Conselho Municipal de Turismo, que há mais de 30 anos era desativado. Também criou o turismo rural e trabalha com parcerias, no que se trata da regionalização, já que o município faz parte do polo Amazônia Atlântico, com 49 municípios divididos em 3 regiões (Guama, Capim e Região Caeté) fazendo parte da região Caeté com 15 municípios. A cidade tem a administração do prefeito Kaká Sena, que vem desenvolvendo políticas públicas para fortalecer cada vez mais a cadeia produtiva do turismo para o município e região.
