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“Treinador não tem rótulo de Série”

O peso do treinador está no quanto ele estuda a competição

O peso do treinador está no quanto ele estuda a competição”. Essa é a melhor maneira encontrada pelo técnico Sérgio Soares para explicar as características dos comandantes na Série B do Campeonato Brasileiro. Dois anos à frente dos melhores ataques do campeonato, Sérgio Soares entende que não existe técnico de Série A, B ou C. “O que existe é rótulo”, disse.
Para Sérgio Soares, o diferencial da Série B é “conhecer a competição e os atletas que normalmente a disputam”. “Pelo contexto, o treinador passa a ser, de verdade, o carro-chefe, porque o campeonato pede muito cuidado nos detalhes. Toda comissão, encabeçada pelo seu técnico, passa a ser importante”.

 

Os detalhes a que se refere Sérgio Soares estão na logística da competição, com distâncias muito maiores. “Num determinado momento, se você é do Sul e vai encarar um time do Norte ou Nordeste, a logística tem um peso fundamental e a comissão também. É preciso entender que não vai treinar e, quando for possível, vislumbrar à frente, criar alternativas, informações visuais e até treinamento estático”, explica o técnico, que vê uma pequena vantagem para os em melhores c ondições financeiras. “Os clubes considerados do top 12, que ingressam na B, podem sair do voo da companhia aérea estipulada pela CBF e facilitar a logística da locomoção”.

 

Sérgio Soares conhece bem a Série B e reconhece as mudanças dentro de campo. “Era vista como só de força, uma competição truncada, sem técnica. Hoje, até com as equipes jogando nas arenas e a melhoria dos gramados, além da força existe técnica. Os clubes buscam consistência tática mais eficiente, são mais propositivos dentro de casa e encaram um adversário quase sempre fechado. Daí o equilíbrio”.

 

Para o treinador, o rótulo de técnico ou jogador de determinada série não faz sentido.  O que existe é um pouco mais de dificuldade pra quem está acostumado à Série A porque acompanha pouco a B.

 

Daí a importância de um executivo de futebol e um treinador conhecedores da competição”, analisa Sérgio Soares, que aponta a diferença entre quem teve acesso e quem foi rebaixado. “Quando você desce, tem um elenco de qualidade, mas precisa da competitividade. Sem o mesmo aporte financeiro, tem de buscar quem conhece o campeonato pra otimizar. Quem sobe da C chega com entusiasmo, mas precisa do entendimento de q ue o que fez para o acesso não e suficiente para te manter. Até o planejamento é diferente porque a competição tem outro regulamento”.

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