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ENTÃO…. É  NATAL

Revista MercNews

Confesso que este ano, devido à pandemia e em respeito a todos os entes queridos que se foram, ainda não consegui inspiração para escrever o editorial desta edição de Natal. Contudo, sei que existe uma energia superior que irá brilhar nos céus e se fará presente no lugar dos que partiram. Assim, vou reprisar um texto que fiz há alguns anos, quando imbuído da emoção pertinente a esta época. Acompanhem comigo:

Para os saudosistas como eu, indiscutivelmente esta é a época mais linda do ano.
  • Conheço muita gente que não suporta ouvir as repetidas canções natalinas,
  • as chamadas Jingle Bells da vida, que começam agora, mais cedo ainda,
  • a fazer fundos musicais em todos os shoppings e logradouros comerciais.

Pensando bem, parece que existe uma falta de criatividade neste segmento, haja vista que há muitos anos não se compõe mais estes tipos de canções, a exemplo, aliás, de novas marchinhas carnavalescas. As que estão aí, hoje, são as que ficaram na memória de gerações passadas, mas o engraçado é que, diferentemente das boas músicas de Carnaval – que como já dissemos parecem estar em extinção ou com uma roupagem totalmente diferente da época das marchinhas -, o Natal por aqui continua sendo uma instituição muito forte, apesar da lacuna no quesito musical. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, todos os grandes cantores, orquestras e bandas fizeram questão de ter pelo menos um CD gravado com temas natalinos, embora sendo sempre as mesmas músicas.

Que me perdoem os modernistas, mas eu ainda não consigo deixar de me emocionar ao ouvir White Christmas, O Tannenbaum, ou então Adeste Fideles, entre dezenas de outras e com as mais diversas interpretações, algumas insubstituíveis, tais como aquelas nas vozes de Bing Crosby, Frank Sinatra e Nat King Cole e, mais recentemente, com a orquestra de André Rieu. Para mim, que sou movido a música, estas antigas canções são como clássicos que possuem vida eterna, e seguramente fazem parte do meu Natal.

Sequer sabemos qual é a data correta do nascimento de Jesus. Há muita controvérsia a respeito, mas é quase certo que não foi no dia 25 de dezembro; porém, mesmo assim esta data ficou institucionalizada como tal, e toda criança aprende a celebrá-la desde muito pequena. Ela passou a fazer parte de nosso modelo de mundo, de nossas crenças, embora com o seu conteúdo básico – ainda importado – muito contestado pelos modernistas, que defendem um Natal abrasileirado e adaptado ao clima tropical.

No entanto, parece que as tentativas não vingaram até agora, porque, apesar das altas temperaturas de dezembro criamos uma crença na qual o Papai Noel é um velhinho de barba branca e roupas vermelhas,
  • e não dá para enxergá-lo trajado com bermudas e óculos de sol.
  • Compete a nós cultivarmos estas tradições,
  • para que nossas crianças percebam que tão importante quanto a magia desta época,
  • é a preservação do verdadeiro espírito mágico do Natal,
  • quando algumas vezes, mesmo inconscientemente,
  • nos entregamos a uma energia de generosidade
  • e confraternização que em outras épocas parecem não existir.

Que tal, se na noite de Natal – ou se puder, em todas as outras noites-, você volte um pouco no tempo e descubra a criança que ainda existe em seu interior e ouça quantas coisas reprimidas, ela gostaria de lhe dizer? Abra o seu coração, porque, então é …Natal.

Estes são os verdadeiros votos de toda a equipe da revista MercNews. Volte a ser criança e, apesar dos pesares, curta bastante esta linda data.

Um forte abraço natalino.

Claudinei Luiz

Revista Merc News

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