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Receita para sucesso do Fortaleza passa por bancar projeto com perfil de Ceni

Fortaleza se torna ponto fora da curva no futebol brasileiro

O Fortaleza

É a sensação do momento no futebol brasileiro.

Atualmente na 7ª colocação da Série A, com a melhor defesa da competição, o Tricolor coroou a boa fase com o título do Campeonato Cearense, nesta quarta-feira (21), ao vencer arquirrival Ceará por 1 a 0.

Tudo isso não vem por acaso. Muito se fala do trabalho de Rogério Ceni, que é inquestionável.

Em um País acostumado a triturar treinadores, o Leão do Pici é exceção.

Ceni

É bastante inteligente, mas não é mágico. Os resultados aparecem por ter algo que falta a muitos treinadores no Brasil: tempo.

Desde que Marcelo Paz assumiu a presidência, em novembro de 2017, foram dois técnicos.

Rogério Ceni e Zé Ricardo (que assumiu no período em que Ceni escolheu ir ao Cruzeiro).

Há time com número maior contando somente desde o início do Brasileirão 2020.

Somando mais de mil dias no Pici, Rogério é o 2º comandante de maior longevidade em todo o país, atrás somente de Renato Gaúcho, no Grêmio (com exceção do período na Raposa).

Além disso é também o 2º na história do clube que mais vezes esteve à beira do gramado, com 150 jogos.

Há muitos méritos de Ceni no Fortaleza.

Organização tática, conceitos de jogo, variações de sistemas, capacidade de fazer jogadores renderem mais que o esperado e excelente gestão de elenco, com atletas que compram toda ideia e acreditam piamente no comandante.

Isso só para falar de campo, sem citar a importância para estrutura, planejamento, marketing…

Os resultados também falam por si.

Contudo levantou taças em todos os anos, com quatro títulos (Série B do Brasileiro 2018, Copa do Nordeste 2019 e Bicampeonato Cearense em 2019/2020).

Além de classificação inédita para a Copa Sul-Americana no ano passado.

Confiança no Projeto

Mas isso tudo só é possível graças ao respaldo e à segurança que o “Mito” recebe da diretoria, o que nem sempre foi fácil.

Entretanto os frutos de hoje é colhido porque no momento mais crítico, de maior dificuldade e pressão, ao perder o Estadual 2018 para o Ceará.

Em que a torcida chamou Rogério Ceni de “burro” e exigiu sua saída, o Departamento de Futebol do Fortaleza se manteve fiel ao projeto estabelecido, como destacou o presidente após a vitória na final.

Portanto em tempos de comparação entre treinadores brasileiros e estrangeiros, a relação Fortaleza-Ceni mostra que, se não houver clareza no projeto, com critérios bem definidos, filosofia clara do que se pretende e saber onde quer chegar a médio/longo prazo, a dança das cadeiras dos técnicos permanecerá. O Palmeiras é um exemplo disso.

Ganha-ganha

Entretanto Rogério Ceni faz muito pelo Fortaleza, mas o Fortaleza também faz muito a Rogério, que deixou de ser visto como ex-goleiro para ser reconhecido como treinador competente que é.

É uma relação ganha-ganha.

Em conclusão com adversários vivendo eternamente este dilema, o Fortaleza segue como um ponto fora da curva no futebol brasileiro.

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