Em uma sociedade em que a base da alimentação é composta por carboidratos, enlatados, embalados e industrializados, comer mal virou sinônimo para a rotina de um obeso. Porém, indo na contramão do que muitos pensam, a obesidade é considerada uma doença crônica e progressiva que impõe restrições e dificuldades no dia a dia de milhares de pessoas. É uma condição médica e não algo que as pessoas “são“, mas sim algo que elas “têm“.
De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o índice de pessoas diagnosticadas com obesidade é o maior em 12 anos. Houve um aumento de 67,8% entre 2006 e 2018, sendo a maioria adultos entre 25 a 34 anos, totalizando 55,7% de obesos no País.
Além disso, a obesidade leva ao aparecimento de outras doenças no organismo, tendo como as mais comuns a hipertensão arterial sistêmica, diabetes e doenças coronarianas. Os fatores que contribuem para tal condição podem ser genéticos, comportamentais, fisiológicos e até mesmo culturais, e seu tratamento envolve um acompanhamento multidisciplinar rigoroso, que abrange medicamentos, hábitos comportamentais e de vida, prática de exercícios e, nos casos graves, a cirurgia bariátrica.
O Dr. Marçal Rossi, cirurgião do aparelho digestivo, foi o médico responsável por essa primeira operação na região, realizada na recepcionista Roseli Moretti. A paciente sofria de obesidade mórbida e se submeteu a cirurgia para mudar de vida.
“Na época eu tinha 31 anos e pesava 104kg. Eu sentia dores nas pernas, nos joelhos e muito cansaço. Além disso, me sentia mal, do ponto de vista estético“, conta. “A cirurgia foi um ponto de virada na minha vida, eu perdi 45kg e consegui manter um peso normal desde então. Minha autoestima e minha saúde melhoraram muito e, hoje, o estilo de vida saudável faz parte da minha vida. Estou super bem“, comemora ela.