Mesmo que já tenha sido comprovado por organizações de saúde nacionais e internacionais que animais não contraem e nem transmitem Covid-19, o número de animais abandonados e pedidos de resgate cresceram nas últimas semanas.

De acordo com o vereador e fundador da ONG SOS Cidadania Animal, Ubiratan Figueiredo da ONG (PSD), é surpreendente o aumento de pessoas que procuram o local para denunciar ou solicitar ajuda para cães e gatos que foram jogados nas ruas de São Caetano e de toda a região do Grande ABC Paulista.

“Estamos presenciando dias difíceis e delicados, precisamos agir para conter a disseminação da doença, somos bombardeados de notícias sobre o Covid-19, e muitas informações falsas ou mal colocadas podem contribuir para o crescimento do abandono desses animais”, explica o parlamentar.

Os cachorros são muito dependentes dos seres humanos

Ao serem largados à própria sorte nas ruas, podem ser mortos, atropelados, envenenados, passam fome e sede. “Infelizmente, as ONGs da causa animal, por falta de recursos, não têm condições de resgatar e cuidar de todos os animais abandonados, por isso, neste momento, é muito importante combater as fake news a respeito do tema, para que mais pessoas se conscientizem e não contribuam com este ato de crueldade”, ressalta Ubiratan.

Além de cruel e desumano, abandonar animais em logradouros públicos é crime e quem cometê-lo deve ser punido com prisão, multa e perda da guarda do animal, de acordo as leis vigentes. A Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê os maus-tratos como crime. O decreto 24645/34 (Decreto de Getúlio Vargas) determina quais atitudes podem ser consideradas como maus-tratos.

Qualquer pessoa que testemunha um abandono de animais domésticos ou exóticos, pode ir à delegacia mais próxima. A Promotoria de Justiça permite a denúncia anônima. Mas, para que a denúncia seja realizada, você precisa ter certeza do crime, pois, uma acusação falsa é outro crime. Além disso, no momento da denúncia, na delegacia, é preciso passar o maior número de informações possíveis em relação ao infrator, como seu endereço residencial ou comercial.