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Potencial de consumo das famílias retrocede oito anos

Patamares de consumo das cidades brasileiras devem se igualar aos registrados em 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano.

 Mariana Missiaggia/
SincovagaSP

 

O potencial de consumo das famílias brasileiras deve sofrer um retrocesso de pelo menos oito anos devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. A previsão é do estudo IPC Maps 2020, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional.

Em geral, os patamares de consumo das cidades brasileiras devem se igualar aos registrados em 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano. A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,465 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019, e a maior retração desde 1995.

O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano. Na cidade de São Paulo, o consumo tem potencial para movimentar R$ 311,9 bilhões neste ano.

NO INTERIOR

De acordo com o material, a economia dá sinais de que o interior tende a ampliar a sua participação no potencial de consumo total do país.

No ranking de municípios metropolitanos ou interioranos, Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (18º), São Bernardo do Campo (19º) e São José dos Campos (21º), todos no estado de São Paulo, se sobressaem nessa seleção. Outros polos do interior paulista integram o ranking dos 100 maiores brasileiros, como Sorocaba, Jundiaí e São José do Rio Preto, além de municípios do ABC, como Santo André.

Em Campinas, principal economia do interior paulista, a queda prevista no potencial de consumo é de aproximadamente R$ 834 milhões. O montante foi de pouco mais de R$ 34 bilhões em 2019, para pouco mais de R$ 33 bilhões neste ano. O município, no entanto, recuperou uma posição no ranking nacional, saltando da 12ª colocação para 11ª, e manteve o segundo lugar em nível estadual, atrás somente de São Paulo.

O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 38,7% do total (ou R$ 1,759 trilhão) de tudo o que é consumido no território nacional.

Assim como no restante do país, a redução do poder de compra retrata o cenário enfrentado pelas famílias brasileiras, que terão de lidar com um orçamento comprometido ao longo de 2020. De acordo com o levantamento, o cenário de consumo campineiro é liderado pela classe B, representando pouco mais de R$ 14,4 bilhões dos gastos, equivalente à 43,8% do total. Em 2019, a participação, entretanto, era menor, 39,1%, totalizando pouco mais de R$ 13 bilhões.

A pesquisa mostra que dos 424 mil domicílios urbanos da cidade, 120 mil (28,3%) são pertencentes a famílias da classe B e 79 mil (18,8) da D/E. Da população estimada em 1,2 milhão de habitantes, pouco mais de 17 mil pessoas residem na área rural.

Na divisão de gastos, habitação aparece em primeiro lugar, pouco mais de R$ 9 bilhões que são gastos com todas as despesas para manutenção do lar, como aluguel e contas de água e luz, entre outras. Já o valor destinado à alimentação em casa caiu de R$ 3,4 bilhões em 2019, para R$ 2,6 bilhões em 2020. Enquanto isso, os gastos com alimentação fora do lar caíram de R$ 2 bilhões para R$ 1,3 bilhões.

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