O fato deprimente e inconcebível é o de que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus está trazendo consequências ainda mais drásticas para as mulheres. Na última quinzena de março, período em que muitas cidades no país adotaram a quarentena, 7 milhões de mulheres saíram do mercado de trabalho, segundo pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, basta dizer que são 2 milhões de mulheres a mais do que o número de homens na mesma situação. Em todo o trimestre, que inclui informações de janeiro, fevereiro e março, o número de mulheres que perderam o posto de trabalho foi de 25% maior do que o de homens, ou seja, já não bastava as mulheres ganharem menos que os homens exercendo a mesma função, agora é a bola da vez a ser discriminada. Por isso, o desemprego avança cada dia com milhares de lojas e pequenas empresas sendo fechadas ou abrindo falência.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, segundo dados divulgados em 30 de junho pelo IBGE. Com isso, o Brasil tem agora 12,7 milhões de pessoas desempregadas. Mais de 7 milhões de postos de trabalho foram fechados, em relação ao trimestre anterior. Só lembrando que no mesmo período de 2019 a taxa de desemprego estava em 12,3%. Ou seja: o que uma pandemia viral não é capaz de fazer com a economia de um país ?
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