Dexametasona é eficiente no combate ao coronavírus?
Medicamento tem que ser usado em casos específicos e estudo ainda não tem resposta final. Neurocirurgião comenta como a droga pode auxiliar no tratamento da Covid-19
Muito tem se falado sobre medicações que podem auxiliar com eficácia no combate ao coronavírus.De acordo com, A dexametasona é uma das drogas que está sendo testada na maior pesquisa sobre coronavírus ainda em andamento, que está sendo realizada no reino unido. é uma droga barata e já muito utilizada em outros tratamentos de inflamações.
Esse estudo com a Dexametasona aponta que o medicamento pode ser eficaz para pacientes internados em UTI, em estado grave, com uso de respiradores, necessitando de cuidados intensivos.
“É uma medicação largamente utilizada por várias especialidades, como a neurologia e neurocirurgia”, aponta o neurocirurgião Wanderley Cerqueira de Lima, que é coordenador de uma das equipes de neurocirurgia da Rede D’or de Hospitais e atua também no Hospital Israelita Albert Einstein, com mais de 30 anos de experiência nessas duas áreas.
O neurocirurgião diz que como corticoide a função da Dexametasona é diminuir o processo inflamatório, o que vai ao encontro da natureza da Covid-19, que é uma doença que causa um grande processo inflamatório em vários órgãos – pulmão, faringe, tireoide, coração, rins, músculos e, até mesmo, o cérebro.
“É um medicamento potente que não pode ser usado indiscriminadamente, e tem custo baixo. Mas, atenção: Não pode ser usado de forma preventiva”, alerta doutor Wanderley.
Atualmente há vários estudos sendo desenvolvidos, com diversos tipos de drogas, até que a vacina seja descoberta e aprovada definitivamente.
“Esse é mais um medicamento que pode ser usado no combate à doença. É válido, mas todos os medicamentos devem ser usados com critério, considerando o momento certo de ministrar em cada paciente. A resposta tem sido animadora, mas é preciso aguardar a finalização dos estudos”, pondera o neurocirurgião Wanderley Cerqueira de Lima.