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Prefeitura de Ribeirão Pires faz hoje inauguração virtual do Parque Oriental

Por meio de convênio com o Governo do Estado, município implantou novo atrativo que integra estratégia de fortalecimento da atividade turística local

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Ribeirão Pires, ganhou um novo espaço para a contemplação da natureza, para o lazer e para quem busca momentos de paz. Nesta quinta-feira, dia 25, a Prefeitura realizou a inauguração virtual do Parque Oriental do município, uma das Estâncias Turísticas mais próximas da capital paulista.

Em meio à Mata Atlântica, banhado pela Represa Billings, o Parque Oriental tem 60 mil m². Sua implantação teve início em setembro de 2018, com recursos do DADETUR – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos do Governo do Estado, e da Prefeitura.

Sua temática oriental está enraizada na história de imigrantes japoneses à cidade, em meados dos anos de 1940, e ao fortalecimento de novo roteiro turístico de Ribeirão Pires. Para chegar ao Parque Oriental, o público partirá da região central (Boulevard Gastronômico). Nessa área, além de Jardim Japonês inaugurado em 1971, há o Centro de Exposições e História do município.

O público seguirá ao Parque Oriental, que terá entrada gratuita. Futuramente, os visitantes poderão optar por conhecer também o Templo Luz do Oriente, empreendimento particular onde está situada a Torre de Miroku.

A inauguração do Parque Oriental será realizada virtualmente em atendimento aos protocolos sanitários e de segurança estabelecidos pelo Governo do Estado.

Parque Oriental RP - Junho 2020 - Gabriel_Mazzo (3).jpeg
Parque Oriental RP – Junho 2020 – Gabriel_Mazzo (3).jpeg

Sobre o Parque Oriental:

Portal de Entrada

A temática oriental está presente em elementos da arquitetura deste bonito espaço. Logo na entrada do Parque, os visitantes passam pelo imponente portal de 3,5 metros de altura, que abriga Centro de Informações Turísticas (CIT), sanitários e espaços administrativos.

Dois guardiões e dois “cães de foo” recepcionam o público. Pela tradição oriental, esses animais, chamados de shishi, têm poderes mágicos e a capacidade de repelir espíritos maléficos. Tradicionalmente, um par de shishi monta guarda do lado de fora dos portões de templos. Seguindo esta crença, quem entrar no Parque Oriental terá sua alma purificada.

O Caminho da Evolução (por Izabel Vidal)

Em um trecho de 515 metros de extensão, a artista plástica capixaba Izabel Vidal conta a história da evolução da vida no planeta Terra em uma obra em baixo relevo feita em rochas. No Parque Oriental de Ribeirão Pires, 260 pedras, granito e mármore, estão expostas no trajeto que vai de seu Portal até o Píer Flutuante. Cada uma das pedras pesa cerca de 1 tonelada. O trabalho foi feito no Espírito Santo e transportado até Ribeirão Pires com o uso de caminhões. A obra foi doada ao Parque Oriental pelo Templo Luz do Oriente.

O projeto foi dividido em três partes:

1 – A árvore da criação – Mescla a história natural com a teoria do criacionismo. Representa o surgimento da Terra, Lua, rochas e mares e a primeira célula da vida.

2 – O calendário das Eras – A evolução é contada, nesta parte, seguindo a idade cronológica da Terra. O trabalho é dividido em 12 meses, com uma pedra para cada dia do ano. Eras representadas: Paleozóica (de janeiro a maio); Mezozóica (de 16 de maio a setembro); Cenozóica (de outubro a dezembro).

Nesta parte também constam “pedras especiais”, com mapas que mostram a deriva dos continentes, outras comemorativas às pessoas que contribuíram para viabilizar este projeto e também ao cientista naturalista capixaba Augusto Ruschi e ao biólogo e cientista Charles Darwin.

3 – A tribo indígena – Pedras colocadas na vertical, formando uma oca, com desenho de índios adultos, crianças e anciões, formando um pequeno templo.

Nota explicativa da autora: “O visitante, fazendo o percurso desde o início, conhece o ‘Caminho da Evolução’ através de imagens da cosmogênesis, da biogênesis, da antropogênesis e, agora, na oca, ele vê a si mesmo sendo representado pelo índio, despertando uma consciência nesta etapa da evolução para o caminho da espiritualidade, da noogênesis.

Sua evolução agora passa a ser no sentido vertical, na busca pelo ponto ômega (do Grande Criador). Depois dessa meditação, ele retorna pelo caminho observando a fauna e a flora da atualidade presentes na Mata Atlântica. Como o mais sutil dos seres em evolução, cabe a ele, a partir disso, cuidar dos demais e preservar o meio ambiente e o planeta, que foi seu berço e ainda é sua casa.

Jardim Zen

Depois de passar pelo portal de entrada, o visitante se depara com um Jardim Zen (karesansui, em japonês) de 200 m². Pedras, cascalho e areia formam este espaço, que simboliza o mar, com desenhos que seriam a representação de ondulações na água. Uma área reservada às pessoas que buscam descanso e meditação.

 

Pavilhão de Eventos

O Parque Oriental tem espaço reservado para a realização de eventos culturais. No Pavilhão de Eventos, uma área de mais de mil m² foi reservada para acolher atividades diversas da cidade. O espaço conta com mezanino, fraldário e sanitários. Bambus enfeitam sua fachada, remetendo às decorações tradicionais do oriente.

Bosque de Cerejeiras e de Ipês Amarelos

O Parque Oriental tem áreas reservadas para cerejeiras (sakuras) e ipês amarelos. Foram plantadas 280 árvores, que simbolizam a união do povo japonês e brasileiro e, em épocas de florada, darão colorido especial para o Parque. Mais de 20 espécies foram plantadas no espaço, entre pinheiros, azaleias e tuia jacaré.

Jardim Japonês

Os costumes e a cultura oriental estão presentes também no Jardim Japonês dentro do Parque. Trata-se de área de 3.250 m² que conta com elementos simbólicos como a água, as pedras e a flora. Conta com caminho de pedras, lago ornamental com carpas, deck de observação e ponte. Este espaço é dedicado à contemplação e, assim como outros atrativos do Parque, renderá bons “cliques” dos visitantes.

Arena – Tributo à Paz Mundial

No Parque Oriental, Sadako Sasaki foi homenageada pela artista ribeirão-pirense Silvana Luz, do Ateliê Arte Expoente. A obra, denominada “Tributo à Paz Mundial”, feita em técnica de mosaico, foi aplicada sobre uma escadaria curva já existente no local – antiga arena, transformada em memorial.

O trabalho de concepção, produção e instalação foi feito manualmente, por etapas, durante 8 meses. As peças foram, inicialmente, montadas em um suporte provisório – tela de talagarça, em pequenos metros quadrados para facilitar o transporte e a instalação na arena.

O mosaico, elaborado com pequenos fragmentos de azulejos coloridos modelados um a um, tem aproximadamente 38,59 m². Onze artistas trabalharam na obra.

Sadako Sasaki –

Menina japonesa que sofreu o impacto do ataque da bomba de Hiroshima, em 1945, durante a 2ª Guerra Mundial. Sadako tinha, então, apenas 2 anos. Uma década depois, foi vítima de uma leucemia, causada pela radiação da bomba. Em seu leito, Sadako imortalizaria uma bonita tradição japonesa: uma pessoa que faz mil tsurus de origami tem direito a um pedido. Sadako fez 964 tsurus de papel antes de seu falecimento, em 1955. Seu pedido seria por sua vida. Antes de morrer, a menina pediu aos familiares que terminassem os mil tsurus de origami. Seu pedido: a paz no mundo.

Em 1958, em Hiroshima, foi inaugurado o Monumento da Paz das Crianças, tornando-a símbolo de crianças que morreram no ataque ou sofreram suas consequências. A história de Sadako Sasaki se tornou referência contra a guerra, pelo fim das armas nucleares e pela busca da paz mundial.

Casa do Origami

Uma das propostas do Parque Oriental é ser espaço de aprendizado para o público, especialmente crianças e jovens estudantes. A Casa do Origami é uma edificação de 271 m² dedicada aos ensinamentos dessa milenar arte japonesa. O espaço foi decorado com tsurus de origami, que representam a paz e a prosperidade. Nas paredes, desenhos dos artistas Leonardo Conceição e Fernando Correia valorizam símbolos orientais.

Os visitantes podem participar da decoração da Casa do Origami fazendo e doando ao Parque seus tsurus. Pela tradição japonesa, mil tsurus representam um pedido. A ideia do Parque é reunir os pensamentos positivos e as boas energias do público durante a confecção dos tsurus para somar milhares e milhares de peças que representarão o desejo de todos por dias de mais saúde, esperança, paz e prosperidade à cidade e ao mundo.

A Casa conta com áreas para confecção e exposição de origamis, sala administrativa, sanitários e espaço para armazenamento de materiais.

Galeria das Artes e Lanchonete do Fundo Social

Mais adiante, próximo ao píer do Parque Oriental, está situado espaço de 257 m² que será reservado à área de alimentação e à nova Galeria das Artes do Fundo Social de Ribeirão Pires. Artesãos da cidade contarão com mais um espaço para expor seus trabalhos. A lanchonete também estará sob os cuidados do Fundo Social, por meio dos integrantes de sua Escola de Panificação.

Píer Flutuante – Integração ao Templo Luz do Oriente

No Parque Oriental, a jornada pela história oriental termina em espaço onde futuramente haverá píer flutuante para embarque do público ao Templo Luz do Oriente, empreendimento particular onde está situada a Torre de Miroku. Para essa atração, será necessária aquisição de ingresso junto à agência do Templo Luz do Oriente. Em uma embarcação chamada “trimarã”, o público poderá fazer passeio pela Represa Billings (trajeto de cerca de 3 Km) até o local onde está situada a Torre de Miroku.

O píer flutuante terá dimensões de 8m x 5m, além de uma passarela de 30m para o acesso ao deck de embarque. A estrutura do píer será feita em madeira tratada.

Sobre o Parque Oriental

As obras de implantação do Parque Oriental tiveram início em setembro de 2018. Foram investidos cerca de R$ 4,2 milhões do Governo do Estado, por meio do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (DADETUR). O município destinou cerca de R$ 500 mil para viabilizar o projeto.

O Parque Oriental, situado em meio à Mata Atlântica, tem 60 m² e é banhado pela Represa Billings. O empreendimento está localizado em espaço onde, em março de 1975, foi instalado o “Camping Municipal”. Dez anos depois, a área passou a ser denominada Parque Municipal Milton Marinho de Moraes.

Por conta da pandemia do coronavírus, o Parque será entregue à cidade, mas permanecerá, temporariamente, fechado para visitação. Após o período de combate ao coronavírus, com a reabertura de atrativos turísticos e culturais, o Parque Oriental funcionará de terça-feira a domingo, das 6h às 18h. Às segundas-feiras, o Parque permanecerá fechado para serviços de zeladoria.

Endereço: Rua Major Cardim, 3100, Estância Noblesse

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Um Comentário

  1. Sugiro que pesquisem o valor do painel feito pela artista plástica, e a concessão do píer que seguirá para a torre do templo budista cedido a proprietária da própria torre !

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