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Vítimas ou cúmplices?

Editorial - 23/06/2020

Afinal, por que meter a boca no trombone sobre aparelhos de Estado? Elementar:
pagamos bom preço para que seus servidores sirvam ao país e dele não se sirvam.
Caso a legislação proteja vigaristas e lhe dê asas, há que mudar-lhe o padrão.
Todavia, ao não fazermos, estaremos dando aval a rodo a qualquer tipo de lambança
e falcatrua, crime e ignomínia. “Poderosos” (Sic!) não são para idolatrar ou temer;
porém, para serem fiscalizados e cumprirem com obrigações assumidas.
Repetimos: seus ganhos – legítimos ou não – saem dos nossos bolsos, dos impostos
que pagamos. Há que constatar estultícia crassa se pagamos um serviço para, além
de não tê-lo, enriquecer quem nos escracha. Ou não?

Criamos castas de malandros municipais, estaduais e federais através dos tempos.
Seja por medo, interesses pessoais ou de grupos os contribuintes mantemos hordas
de estelionatários eleitorais – concursados idem – neste país sem eira nem beira.
Tanto no Executivo quanto no Legislativo ou no Judiciário, a imensa maioria dos
cargos está ocupada por oportunistas venais, como regra. Poucas são as exceções.
Dizia Bezerra da Silva que só tem malandro onde tem otários. Daí não ser demais a
eterna perguntinha incômoda: Quem, pois, bota os vigaristas “lá”? Os idolatra e
venera em êxtases múltiplos?
Nas próximas eleições quem escolher “ficha suja” ou cafajeste não será vítima: será
cúmplice!

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