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Síndico afirma que templo de umbanda desrespeita lei do silêncio e perturbação

O REPÓRTER trouxe na edição desta quarta-feira reportagem sobre intolerância religiosa contra um templo de umbanda, em São Caetano. Segundo o babalorixá da casa, toda vez que atabaques são tocados, vizinhos acionam a polícia.

O assunto repercutiu e Sérgio Alves de Paula, síndico do condomínio desde 2013 e responsável pela Alegre Gran Condominium, no bairro Santa Paula, se manifestou. Em contato com a redação afirmou: “infelizmente é uma situação complicada há mais de dois anos”, mas rechaçou qualquer possibilidade de se tratar de caso de intolerância religiosa. “No início de 2018 os problemas começaram, quando os cultos com som alto passaram a ultrapassar às 22h, gerando muita reclamação dos moradores, o que infringe a lei do silêncio”.

O imóvel onde encontra-se o templo religioso é um sobrado “não preparado”, como explica Sérgio: “Não há acústica no imóvel para abafar o som alto. Poderia ser locação para qualquer atividade que fosse praticada no local, e não só por ser um centro religioso”.

 

“solução amigável”

 

Sério destaca que procurou em 2018, Anderson Salgado, para buscar uma “solução amigável”, mas que não foi bem recebido. Contudo, neste período, por duas vezes, em 2018 e 2019 (em comemoração ao dia de Ogun), algumas pessoas do centro religioso lançaram fogos de artifício contra as janelas dos apartamentos (existem vídeos gravados pelos moradores). Isto gerou desespero dos condôminos.

O síndico então ligou para o babalorixá questionando tal atitude e se referiu ao risco de incêndio ou dano físico ou ferimento a qualquer pessoa que fosse atingida, o qual a conversa foi gravada por Sérgio e registrada em cartório por meio de ata notarial, além de boletim de ocorrência e medidas judiciais que estão em andamento. Além disso, “O teor da conversa foi a imprudência de uma pessoa que poderia causar uma tragédia ao edifício. A desculpa dele sempre foi intolerância religiosa. Ele alega que na conversa houve discriminação contra ele e outras pessoas. Toda a conversa foi registrada em ata notarial. Tenho como comprovar.

Sérgio Alves de Paula garante, que todas as vezes que viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal) ou da PM (Polícia Militar) são acionadas é pelo fato do som alto “perturbar o sossego, sempre após às 22h”. O síndico conclui que recorre a medidas legais e garante, que ele, por morar na torre um, não ouve o som vindo do templo, por outro lado, como representante do condomínio, defende os interesses dos condôminos.

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Um Comentário

  1. Frequento a casa desde meados do ano passado e nunca deixamos passar das 22 horas o roque do atabaque. Acho muito triste ter que ver esse tipo de resposta e quero que as provas venham a público e a justiça seja feita.

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