Num passado recente tivemos o “Mensalão” e o “Petrolão” sacudindo o país. No
primeiro tivemos poucos criminosos julgados e presos; no segundo a Lava Jato lavou
a égua até ser desmilinguida por insídias políticas e rasteiras judiciais.
Agora enfrentamos a farra do “Covidão”, na qual governadores e prefeitos fazem
o diabo a quatro com o dinheiro público do orçamento do Estado destinado ao
combate ao Covid-19 e sem fiscalização, por ser emergencial. O noticiário é farto.
Ou seja: a corrupção epidêmica segue ativa, entra governo, sai governo. Teríamos de
ter uma Operação Lava Rato portentosa para investigar as falcatruas com dinheiro
público e, nela, tal corrupção ser definida com crime hediondo.
Agravando as consequências trágicas da ação do vírus, temos as decorrências
dramáticas na economia. Quebradeira de empresas, aumento drástico do desemprego
e da miserabilidade e por aí vai…
Se os aparelhos jurídicos e de segurança do Estado estão contaminados ou
manietados, ante uma crise sanitária sem precedentes, o quê ou quem poderia fazer
frente à corrupção que se estende pelo país?
Ao nosso ver, cabe às organizações legítimas das forças produtivas como o CNI,
Federações Industrias, Associações Comerciais e Industriais tomarem o pião na unha
tanto para impedir a debacle econômica, quanto peitar firmes a turma do Covidão.
Terão, certamente, amplo amparo popular.
