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Nós, vulneráveis e impotentes

Artigo - Dr. Marcos Vinicius - 13/05/2020

“…De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto…”

 Rui Barbosa

Domingo, fim do dia, saio para uma caminhada e vejo mais uma cena de desolação, um estabelecimento comercial encerrando suas atividades de firma definitiva. Um domingo para não ser esquecido por aqueles empreendedores. Não foram apenas as portas que se fecharam, junto com as portas se fecham também um ciclo de sonhos, de planos, de esperança. Aquele estabelecimento era especial, acabara de ser inaugurado, semanas antes da quarentena. Não sobreviveu ao vírus. Junto com este, quantos mais fecharam as portas ou vão fechar nos próximos dias, meses?

Será que sou um sonhador a ponto de não entender o porque não havia nenhum representante da cidade ali, naquele momento critico, tentando entender ou oferecendo auxilio a aqueles empreendedores tentando evitar que uma de suas células perecessem? Afinal a União, o estado, a prefeitura não são nossas grandes mães? Não deveriam nos proteger sib suas asas ate termos certeza de que podemos alçar sozinhos nossos voos mais altos? Somos chamados para debaixo dessas asas somente quando temos que cumprir nossa parte do pacto social?

Classe politica

 

A classe politica deveria, ao assumir sua função (função não cargo!), deveria obrigatoriamente ler o postulado de Rousseau, afinal o Estado deve ser um acordo entre indivíduos para se criar uma sociedade através de um  pacto de associação, não de submissão.

 

Como pode um politico que nunca foi empreendedor defender o empreendedorismo? O que ele sabe das dificuldades de gestão empresarial? Atualmente temos uma maioria de políticos em nosso pais que literalmente se encostam em cargos públicos porque não foram capazes de terem sucesso em seus empreendimentos, alias, a maioria jamais tentou. Não geraram riqueza mas são exímios gastadores do dinheiro alheio, do dinheiro publico, o nosso dinheiro.

 

Logico que existe uma grande parcela de empreendimentos que não prosperam por má administração mas, em contrapartida, há outros tantos que não vingam devido a alta carga tributaria (culpa da má gestão publica), dificuldade de acesso a credito (não há interesse publico em financiar o empreendedorismo), falta de mão de obra qualificada (estado não promove ensino de qualidade), altos custos trabalhistas (legislação ultrapassada, não há interesse por parte do estado em mudar), alta burocracia (o poder publico cria dificuldades para vender facilidade)  enfim o ônus do empreendedorismo é do herói que trabalha mais de dez horas por dia, sete dias por semana, doze meses por ano e o bônus fica com o dragão faminto chamado poder publico que não cumpre seu papel de grande mãe protegendo seus filhos. Gerido por nababos que se alimentam de ego e saem da hibernação de quatro em quatro anos para colher votos.

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