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Os amigos do vírus

Editorial - 09/04/2020

Os amigos do vírus

Falar em ceder um só centavo de salários e mordomias, no Congresso Federal, Assembleias estaduais ou Câmaras municipais, além dos poderes públicos em geral, é falar de corda em casa de enforcado.
Há, claro, exceções. No grosso da récua cujos ganhos são pagos com dinheiro público, o mantra é o conhecido “farinha pouca, meu pirão primeiro”. A voracidade e ganância da maioria não tem limites.
O governo central e regionais fazem o que podem, sacrificando projetos em aras ao combate ao inimigo, o Covid-19, derivando bilhões do orçamento para socorrer suas vítimas. Menos mexer no próprio bolso.

É imoral, mesmo criminosa, a atitude de “políticos” (Sic!) – casta privilegiada posta no poder pelos eleitores – insistirem em suas ambições execráveis enquanto a população come o pão que o diabo amassou.

FARPAS

E que sigam trocando “farpas”, caneladas, pescoções e similares visando manterem-se ou chegarem ao poder, enquanto o número de infectados e mortos aumenta dia após dia.

Isso num país pobre e dependente, portanto, de logística e recursos técnicos parcos, que dá nós nas tripas tentando sobreviver. Seja pela periculosidade fatal da pandemia, seja pelas consequências desastrosas na Economia.

Certamente, ambas frentes de batalha são indivisíveis. A prioridade, agora, é salvar vidas, sem desdenhar da importância de manter o país funcionando. Os amigos do vírus, parece, são incapazes de assimilar isso.

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