Luiz Marinho é investigado por liderar esquema de corrupção em SBC
Os montantes variavam de R$ 200 mil a R$ 1 milhão.
A gestão de Luiz Marinho, do PT, em São Bernardo, que ocorreu entre 2009 e 2016, é alvo da Justiça, que investiga esquema de corrupção, direcionando obras à Construtora OAS,
a mesma que beneficiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o tríplex, no Guarujá, e a reforma do sítio de Atibaia.
Detentora da grande parte das obras de São Bernardo no governo petista, a OAS foi obrigada a ressarcir os cofres públicos do município.
Este montante foi revelado pelo o ex-superintendente da OAS, José Ricardo Nogueira Breghirolli, em delação ao MPF (Ministério Público Federal).
Na ocasião, Breghirolli afirmou que a OAS pagava mesadas a integrantes da equipe de Luiz Marinho.
Os montantes variavam por exemplo de R$ 200 mil a R$ 1 milhão.
As quantias eram desviadas das obras que ocorriam em São Bernardo e correspondiam portanto ao “Caixa 2” da construtora, formado à base de superfaturamentos na gestão petista.
No período, sob a gestão de Marinho, a OAS assinou ao menos nove contratos com a prefeitura de São Bernardo para obras em diversas áreas,
incluindo o Piscinão do Paço. A soma de todos os contratos chega a R$ 966 milhões.
A gestão petista foi encerrada em 31 de dezembro de 2016 com inúmeras obras inacabadas.
Entre as superfaturadas está por exemplo a do piscinão do Paço orçada em R$ 296 milhões, Luiz Marinho elevou os custos para R$ 353 milhões, sendo que há suspeita de desvios de R$ 100 milhões.
O Piscinão do Paço somente foi concluído pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), após auditoria e retomada das obras.
Procurado, Marinho não se manifestou até o fechamento desta edição.