Em busca de candidatura, Luiz Marinho é réu em processo que investiga fraudes em obras públicas
Em busca de ser o candidato do PT na disputa pela Prefeitura de São Bernardo, nas eleições deste ano,
o petista Luiz Marinho convive com histórico de problemas com a Justiça nos últimos anos.
Os principais casos envolvem justamente suspeitas de fraudes e benefícios em obras executadas durante suas duas gestões (2009-2016) a frente da Administração municipal da cidade.
Recente
No caso mais recente, o chefe do departamento de propinas da OAS, o ex-superintendente administrativo da empreiteira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, relatou em deleção premiada desvios de ao menos R$ 12 milhões a agentes públicos.
O recurso teria sido proveniente no entanto, segundo a denúncia, de obras executadas em São Bernardo,
entre os anos de 2009 a 2016, período em que Marinho comandou a cidade.
No depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-superintendente afirmou que entre 2010 e 2014 foram pagos de R$ 200 mil a R$ 1 milhão por mês a agentes públicos.
No período, sob a gestão de Marinho, a OAS assinou ao menos nove contratos com a prefeitura de São Bernardo para obras em diversas áreas, incluindo o Piscinão do Paço.
A soma de todos os contratos chega a R$ 966 milhões.
Atualmente, Marinho é réu em duas ações que o acusam de participar de possível fraude na licitação das obras do Museu do Trabalhador,
iniciadas em sua gestão, como forma portanto de homenagear seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No ano passado, a Justiça chegou a bloquear R$ 76,1 milhões do ex-prefeito de São Bernardo, de outros 15 réus e mais quatro construtoras por suspeitas de irregularidades na obra.
Eles são alvos por exemplo de ação civil de improbidade administrativa, caracterizada pela fraude em licitação e desvio de recurso público.
Luiz Marinho foi procurado, mas até o fechamento desta edição não se pronunciou.