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Saudabilidade arquitetônica, pauta urgente para os gestores públicos

Saudabilidade arquitetônica, pauta urgente para os gestores públicos

Locais onde as pessoas moram, trabalham, convivem socialmente, praças e calçadas malcuidadas, seu espaço, salubridade, luminosidade, ventilação e outros fatores são diretamente responsáveis pelas condições de saúde,

e como tal devem ser observadas com carinho pelos gestores públicos, porque são determinantes para a definição de ações que interessam a todos os cidadãos.

O assunto foi abordado ontem no Programa Joaquim Alessi pela arquiteta Ana Elisa Beio Garcia.

ARTIGO

Ana Elisa publicou importante artigo na Carta de Conjuntura da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) de setembro, com o título “Saudabilidade Arquitetônica como Instrumento de Política Pública Intersetorial de Saúde, Habitação e Assistência Social”.

O nome parece complicado à primeira vista, mas tem tudo a ver com o dia a dia de cada cidadão ou cidadã, notadamente os mais carentes, e serve de bússola àqueles que se propõem a administrar recursos públicos. Portanto, é fundamental para 2020, ano de eleições.

FATORES

No artigo publicado Ana Elisa aborda as características do corpo humano e sua relação com o espaço que habita, a claridade, ou luminosidade, e o reflexo disso em suas condições de saúde.

QUALIFICAÇÃO

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Grande ABC (1998), pós-graduada em Educação Ambiental para a Sustentabilidade, pelo Senac (2015),

com extensão em Estratégias e Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social, pela FAU Mackenzie (2019), Ana Elisa ainda é profissional qualificada pela certificação de Saudabilidade Healthy Building Certificate (2018).

CORPO HABITADO

Nina escreve que “o ser humano habita um corpo físico-químico-eletromagnético que reage ao meio onde está inserido. Todos nós temos um relógio biológico, o ciclo circadiano,

ligado intimamente ao sistema nervoso central, estimulado pela percepção da variação da luminosidade,

que oscila conforme períodos claros e escuros do dia; regula a temperatura corporal;

sincroniza as funções fisiológicas, e rege a produção equilibrada de hormônios e enzimas para o pleno funcionamento no processo regenerativo do nosso organismo.”

E dá exemplo:

“A melatonina responsável por preparar o repouso assim que é percebido o início da noite e o cortisol, produzido por influência da presença de luz.

Cada pessoa apresenta variações na expressão rítmica desses padrões biológicos, com tendência a serem mais matutinas ou vespertinas.

Para que estejamos sempre ativos com maior percepção do entorno é extremamente importante respeitar tanto as variações individuais quanto o ciclo diário de recuperação do organismo.”

FUNDO LEGAL

Ana Elisa afirma que existe legislação para a construção de habitação, mas faz-se necessário a criação de um fundo para melhorias do que já existe, notadamente os cortiços tão comuns na cidade.

ECONOMIA

Tais recursos, diz a arquiteta urbanista, não representam despesas, mas investimentos que redundarão em economia de verbas com saúde pública,

já que hoje temos vários doentes crônicos em função de falta de ventilação, de luminosidade, e de condições sanitárias.

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