Primeiro semestre imobiliário foi “bem melhor que em 2018”
Primeiro semestre imobiliário foi “bem melhor que em 2018”
“Bem melhor que em 2018!” Com essa frase, o presidente da AcigABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Adminstradores do Grande ABC), Marcus Santaguita, presidente da Construtora Jacy, apresentou ontem cedo a análise da pesquisa imobiliária da entidade sobre o primeiro semestre de 2019. “Foram 1.062 lançamentos, contra 536 do primeiro semestre de 2018, ou seja, 98% do aumento, totalizando volume de investimento no setor de R$ 344 milhões”, prosseguiu o empresário.
ESPINHOS
Mas, como disse o poeta, nem tudo são flores. Apesar da alta expressiva, esse foi “o segundo pior semestre da série histórica desde 2004, quando houve 479 lançamentos”, disse Santaguita.
GRATA SURPRESA
O líder do setor ressaltou que “Santo André foi a grata surpresa da região” na retomada do mercado imobiliário. “A cidade administrada pelo prefeito Paulinho Serra registrou crescimento do setor em 234%, saltando de 272 lançamentos em 2018 para 908 em 2019”, destacou Santaguita. Vale destacar que o número representa 85% do crescimento do Grande ABC.
POLÍTICA PÚBLICA
Para o presidente da AcigABC, fica clara a influência do poder público no mercado imobiliário. Ele disse que os investimentos devem-se a um “plano diretor equilibrado discutido desde 2016, que permitiu a criação de um ambiente para negócios cada vez melhor”.
PATRIANI
Santaguita creditou, ainda, boa parte do sucesso andreense ao lançamento pela Patriani de empreendimento na Vila Assunção. “Registramos uma mudança de perfil, com crescente preferência por unidades de 85m² a 130m² (foram 80 no total) e acima de 130m² (60), embora a grande maioria (882) ainda seja por dois dormitórios, de 45m² a 65m² de área útil”.
MAUÁ
Não podia deixar de ser assunto, ontem, o quadro de Mauá. A cidade teve zero lançamento no primeiro semestre, contra 120 de 2018, e isso deve-se ao TCU, não o Tribunal de Contas da União, mas o Termo de Compensação Urbanística criado pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB), que simplesmente estagnou a construção. A Câmara já aprovou mudanças, sob a gestão de Alaíde Damo (MDB), mas falta sancionar a lei. A expectativa do setor é: Atila voltou ontem ao comando do Paço, e será que ele vai sancionar ou vetar?
NOVA LEI
Já em São Bernardo do Campo, que teve o segundo pior desempenho da região neste primeiro semestre, o prefeito Orlando Morando (PSDB) assegurou há pouco tempo que enviará à Câmara até dezembro projeto de lei que muda o panorama na cidade.
SEM LEI
Em São Caetano do Sul, que não registra lançamentos desde 2016, Santaguita disse: “Não tem lei, pois adotou-se uma postura extremamente restritiva desde aquele ano, sob a alegação de que a infraestrutura não dava conta, e hoje só se pode lançar projetos equivalentes a uma vez o tamanho do terreno, mas a cidade não dispõe de área”. Ainda assim, há expectativa de um lançamento no segundo semestre.
COMPARAÇÃO
Em relação à Capital, os 1.061 lançamentos do ABC significam meros 6% dos 18.400 empreendimentos paulistanos, quando a média histórica é de 34%. Há muito a se construir.