Prefeito Auricchio denunciado pelo MPF por 31 crimes de falsidade e um de organização criminosa
Prefeito Auricchio denunciado pelo MPF por 31 crimes de falsidade e um de organização criminosa
O procurador Regional Eleitoral de São Paulo Pedro Barbosa Pereira Neto denunciou o prefeito José Auricchio Júnior pela prática de 31 crimes de falsidade ideológica eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral)
e um crime de organização criminosa (art. 1º, parágrafo 1º c.c. art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas),
em 12 de junho de 2018, e até hoje o processo tramita na Justiça Criminal sem decisão.
Além do prefeito, foram acusados ainda seu vice, Roberto Luiz Vidoski, Eduardo Abrantes,
Julio Amadeu Correia Abrantes, Rosana Spagnuolo Abrantes, Ana Maria Comparini Silva (já morta),
Rita de Cássia Silva, Lucas Alves do Nascimento e Rodrigo Gonçalves Toscano, superintendente do Saesa.
O MPF (Ministério Público Federal) sustenta que Auricchio e Vidoski “associaram-se a Eduardo Abrantes,
sócio da empresa Globo Contábil Ltda., e esse com o concurso consciente de seu pai,
Julio Amadeu Correia Abrantes, de sua funcionária Rita de Cássia Silva, e de Ana Maria Camparini Silva (mãe de Rita e já falecida),
estabeleceram-se em organização criminosa visando à prática de inúmeros crimes eleitorais em detrimento da transparência e da fiscalização da Justiça Eleitoral no pleito de 2016”.
O procurador diz ainda:
“Denotando a relação de proximidade entre Auricchio e a família Abrantes tem-se que a empresa CDPL,
Central de Distribuidora de Produtos Lácteos Ltda, de propriedade de Julio Abrantes,
figurou como doadora de R$ 300.000,00 nas eleições de 2008 em favor de José Auricchio Júnior”.
A peça, de 28 páginas, revela em detalhes cada ação do grupo,
que o procurador chama de quadrilha destinada a fraudar o processo eleitoral e a vontade do eleitor de São Caetano do Sul.
