Editorial

Mais do mesmo?

As desculpas pela precariedade de hospitais, escolas, praças e outros bens públicos sempre são ridículas. Se num início de gestão, a culpa sempre será do governo anterior, é óbvio e até aceitável, como “herança maldita”.
Mas, quando decorridos dois terços de um mandato, qualquer justificativa raia o absurdo, ainda mais na insistência de pintar a cidade como modelo administrativo. Daí vem o Tribunal de Contas do Estado e mostra que está tudo errado.

É o que ocorre em São Caetano, conforme noticiamos ontem. O caso é que não só instalações da saúde pública estão em cheque. Praças em deterioração crescente com “obras” precárias, mais gambiarras que ações técnicas corretas; invadidas por mendigos e marginais nas barbas das polícias, são emblemáticas.

O descaso não é apenas fruto da incompetência. Quando tampas clássicas de bueiros, de ferro fundido, desaparecem sob desculpas de “manutenção” e, em seu lugar, põem-se remendos com tubos quadrados recolhidos aparentemente de ferro-velho, o buraco é mais em baixo. Veja-se o estado da Praça Cardeal Arco Verde, dentre outras.

Afinal, a incompetência é a geratriz do descaso. De aí nossa insistência na escolha de gestores probos, “ficha-limpa”, de competência comprovada pelo sucesso na vida profissional e que demonstrem amor por sua cidade e sua gente nas suas ações diárias. A menos que, masoquistas, queiramos seguir no mais do mesmo!

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