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Editorial

A questão urbana

Um governo municipal e vereadores que sejam alçados ao poder sem ter um projeto de urbanismo adequado para a realidade de uma cidade; somente tamparão buracos e tratarão de seus problemas, alguns gravíssimos, de improviso.

Darão guarida a qualquer medida aleatória, sem levar em conta que uma cidade é um organismo vivo, pulsante e; ao mesmo tempo, frágil; de vez que qualquer modificação arbitrária em um ponto interfere em todos os demais.

Dado que projetos unicamente de poder raramente comportam planejadores competentes e de reputação ilibada; os quais seriam contrários a aventuras e esquisitices de improvisadores e leigos, a cidade sofre as consequências.

Se o planejamento urbano é fácil num núcleo a partir do zero, a exemplo da criação de Brasília, onde os problemas surgem a posteriori, é tremendo desafio mesmo em locais pequenos, de ocupação e perfis anárquicos sem planejamento e previsão de futuro.

Quanto mais desastradas e anômalas as ações iniciais, mais difíceis de serem corrigidas pelas gerações sucessivas. É evidente não podermos atribuir a novos governantes os erros do passado, mas, é inaceitável que não se empenhem em corrigi-los.

A questão urbana, principalmente em cidades antigas, é complexa e não pode ser enfrentada com base em tentativa e erro. Exige conhecimento sólido da realidade, somente possível para quem é do ramo. Gambiarras não contam…

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