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Adoção: mais amor, por favor!

No dia 25/05, foi o Dia Nacional da Adoção. Mas ainda há muito a fazer para que a data seja comemorada. É verdade que com a criação do CNA (Cadastro Nacional de Adoção), coordenado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a situação de crianças e adolescentes e pretendentes à adoção melhorou muito.

Pelo cadastro, as varas de infância de todo o país passaram a se comunicar, agilizando as adoções interestaduais. O CNA entrou em funcionamento em 2008 e, desde então, já ajudou a formar mais de 12 mil famílias por meio da adoção. Somente em 2018, 2.184 crianças foram adotadas em todo o Brasil.

Mas isso ainda é pouco, pois os entraves burocráticos são enormes. E isso porque há, atualmente, 45.296 pretendentes cadastrados e 9.388 crianças à espera de uma família. E a conta não fecha, você pode perguntar. Sim, isso ocorre porque há as restrições.

CNA

Por exemplo, segundo relatório do CNA, cerca de 14,73% dos interessados, só aceitam crianças brancas; 0,78 dos pretendentes, só aceitam crianças negras; e ainda há os que só aceitam crianças amarelas, 0,1%; crianças pardas, 4,01%; e crianças indígenas, 0,05%. Somente 50,74% aceitam crianças de todas as raças. Ou seja, 49,26% dos interessados tem algum tipo de restrição.

Além das restrições por raça, ainda há as mantidas por idade e o fator irmãos. Atualmente, das 9,3 mil crianças cadastradas no CNA, 6,4 mil têm entre sete e 17 anos e 56% possuem irmãos. Em contrapartida, dos 45,2 mil pretendentes cadastrados, apenas 6,7 mil aceitam crianças com idade entre sete e 17 anos e 37% aceitam adotar irmãos. O funil é seletivo, apertado e burocrático.

E esse é um outro entrave na situação de adoção, pois faltam profissionais (psicólogos e assistentes sociais atuando nas varas). O que nos leva a uma reflexão: Adoção, ainda há muito a ser feito!

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