Editorial – Perguntar não ofende
Na Segunda Guerra (1939-1945) os Pracinhas brasileiros tiveram de serem vestidos, alimentados, armados, readaptados e comandados pelos norte-americanos. Porém, lutaram com coragem e honra contra o nazi-fascismo, conta-nos também a História.
A troca dos arcaicos conceitos nobilitários europeus pelo pragmatismo ianque foi benéfica para a formação militar brasileira, mas, trocou uma idolatria rançosa por uma adoração perniciosa.
Afinal, a partir da divisão do mundo entre os Aliados no pós guerra e já na Guerra Fria; só a partir do Governo Geisel (1974-1979) um senso novo de pertinência patriótica passou a vingar. “Brasil acima de tudo” foi o lema dessa mudança, por mais genérico que seja.
Há uma questão, porém: quem domina as tecnologias estratégicas das Forças Armadas, de armas a comunicações, de avanços técnicos a conceitos pragmáticos e prováveis sobre a necessidade de guerras etc.?
Seguimos na pré-história desses conceitos. Sem exceção, exportamos matérias primas e mão de obra barata e importamos badulaques. Seria erro catastrófico voltarmos a ser mera bucha de canhão, ressalvada a legítima defesa.
Aliás, aos insanos que propalam, feéricos, que o Brasil invada a Venezuela chavista militarmente, a sós ou associado a algum “Deus da Guerra” dominante, sugerimos que para lá vão juntando-se à resistência e, se querem derramamento de sangue, comecem pelo próprio. É por aí…