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Editorial – Rasputin e Merlin

O “guru” portátil do czar russo Nicolau II, nos inícios do Século XX, foi o astrólogo; adivinho; curandeiro e farsante Grigori Rasputin; Tido como um símbolo do Mal, influenciou exacerbadamente as decisões governamentais por alguns anos. Sua visão de mundo conturbada contribuiu para o desmoronamento do império, em 1917.

O mago Merlin é a personagem literária benéfica e poderosa das lendas inglesas sobre o Rei Arthur, lançada por Godofredo de Monmouth no Século XII e ampliada exaustivamente até nossos dias como símbolo do Bem.

Enfim, feitiçarias, literatices, exo ou esoterismos à parte, ao vermos seguidores tão fanáticos quanto irresponsáveis e tão incultos quanto estultos, venerando figuras insólitas que, por oportunismo explícito e deformações de caráter implícitas, transformam-se em “guias mágicos” de governantes, seria ridículo se não fosse potencialmente trágico.

Os ataques em andamento contra a chamada “ala militar” do atual governo enquadram-se nessa contingência. Incapazes de compreender o pragmatismo realista dos ministros oriundos das casernas, membros da seita olavoriana os atacam pessoal e moralmente, como se inimigos fossem. Lula e súcia aplaudem, felicíssimos.
O erro dos militares no governo é latir de volta a cachorro doido, dando-lhe os holofotes que tanto almeja. O “guru” auto exilado é uma farsa.

Afinal, quem nasceu para Rasputin, nunca chega a ser Merlin…

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