Artigo

Alerta aos comerciantes

Juliana Teixeira

Já se questionaram por que pessoas com deficiência raramente frequentam estabelecimentos comerciais; sejam quais forem os ramos de atividade, e optam por efetuarem suas compras no meio virtual? Embora a resposta seja óbvia, vale a pena destacar algumas situações recorrentes.

Com exceção de estabelecimentos que passaram por reformas nos últimos anos, a maioria deles escapa ao crivo da fiscalização, funcionando normalmente; apesar de: ausência de rampas de acesso e/ou banheiros adaptados; disposição irregular de gôndolas, mesas, produtos, entre outros, que dificultam ou impedem a circulação do cliente pelo interior do estabelecimento; inaptidão dos funcionários para prestarem um atendimento minimamente razoável; péssimas condições de acessibilidade no entorno de pontos comerciais.

Há diversas outras razões, mas acredito que essas já são suficientes para alertar os comerciantes que, ainda hoje, não exploram esses 25% do total da população e são consumidores que movimentam 145 milhões de reais ao ano.

Ainda é válido salientar mais uma informação aos comerciantes sobreviventes da nossa pior crise econômica: adaptações razoáveis são adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados, que não acarretam ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais.

Juliana Teixeira, consultora em inclusão e acessibilidade

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