HomePolítica

MPF apura se houve compra de apoio a Alex e Thiago Auricchio

Ministério Público Federal vai receber mais 20 denúncias de compra de apoio pelos deputados Thiago Auricchio e Alex Manante em 2018

Desde fevereiro deste ano tramita no MPF (Ministério Público Federal) de São Bernardo do Campo denúncia de uso da máquina pública, mais especificamente da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul; para o favorecimento das então campanhas de Thiago Auricchio (PR) a deputado estadual; e pela reeleição do deputado federal Alex Manente (Cidadania – ex-PPS).

A acusação partiu de quatro pessoas que alegam ter sido cooptadas a atuar em busca de votos; diante da promessa de empregos na área de trânsito da municipalidade.

Flavinho do Baeta exibe os documentos protocolados no MPF

Segundo um deles, Flávio do Nascimento da Silva, o Flavinho do Baeta, nos próximos dias, outros 20 “cabos eleitorais” também devem engrossar a representação feita ao MPF com os mesmos argumentos do trio.

Questionados desde terça-feira (30), Prefeitura e os dois deputados não responderam aos e-mails enviados.

Além de Flávio, assinam a representação inicial contra Thiago, Alex e a Prefeitura de São Caetano do Sul, que tem como Chefe do Executivo José Auricchio Júnior (PSDB), pai de Thiago, seu irmão Fábio Nascimento da Silva, Dênis Aparecido Silva e Elton Spina.

Provas

Os quatro compareceram à sede do MPF em São Bernardo do Campo em 20 de fevereiro deste ano a fim de protocolar a representação.

Eles anexaram fotos em que aparecem vestindo uniforme do Trânsito, para provar que chegaram a ser contratos por uma empresa terceirizada da Prefeitura, mas acabaram demitidos já neste ano, depois de os dois deputados terem confirmadas as vitórias nas eleições de 2018.

Dênis posa com camiseta da Semob e em frente a uma viatura

Os denunciantes alegam que foram recrutados para atuar nas campanhas eleitorais de Thiago e Manente em troca da garantia de contrato até dezembro de 2020 (fim da gestão Auricchio) no departamento de trânsito da municipalidade.

Valores

Fábio, Dênis e Elton chegaram a ser contratados por uma empresa terceirizada; mas, sem a menor justificativa, segundo eles, foram demitidos neste ano.

Os denunciantes afirmam em documento que a negociação foi no sentido de que seria designados para funções com salários de cerca de R$ 3.000,00. Obtido o sucesso nas urnas (ou seja, com os dois candidatos eleitos); todos teriam 50% de reajuste, passando a receber, portanto, salários mensais de R$ 4.500,00.

Documentos evidenciam que, na prática, o maior salário foi para Elton, contratado com vencimentos brutos de R$ 2.511,91. Dênis ficou com R$ 2.344,73, e Fábio, R$ 2.197,23.

Outro lado

Fábio faz o sinal da vitória dentro de uma viatura do Trânsito, mas o emprego durou pouco

Na terça-feira, a reportagem do REPÓRTER enviou e-mails para a comunicação da Prefeitura de São Caetano do Sul e para os deputados Thiago Auricchio e Alex Manente; mas até o fechamento desta edição nenhum deles respondeu para dar as suas versões sobre as acusações formuladas.

Enfim, questionado sobre a razão de fazer a denúncia; quando eles mesmos admitem que estava em jogo o que chamam de “cabide de emprego” e “compra de votos”; Flavinho do Baeta afirma: “Fomos enganados; e decidimos fazer a denúncia para que isso nunca mais volte a acontecer”.

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo