É bem verdade que houve uma revolução no relacionamento homem-animal, especialmente no que diz respeito aos animais domésticos – há vinte anos, pet shops nem existiam já que os cães tomavam banho de mangueira e comiam a mesma comida de seus donos mas, infelizmente, nesse período também observamos o crescimento do número de maus tratos contra os animais.
Foi no Reino Unido, na década de 60, que surgiram os pilares de um verdadeiro tratado a disciplinar o trato para com os animais – as cinco liberdades.
Essas premissas pressupõem que os animais devem ser livres para expressar seu comportamento natural, que devem estar livres da fome e da sede, da dor e da doença, do medo e do estresse e, por fim, do desconforto – esses seriam os patamares mínimos a garantir o bem estar de todos os animais, domésticos ou não.
Quem defende as cinco liberdades entende que os animais são seres conscientes já que eles seriam capazes de sentir emoções e sensações – assim, atingir quaisquer desses direitos seria um ato de abuso, passível de punição pela Lei 9.605/98, que disciplina os crimes ambientais.
Há quem ache exagerada tanta preocupação para com os animais em um planeta onde a fome assola milhões de pessoas mas, não nos deixemos enganar, no fim das contas, proteger os animais não é nenhum favor, é antes de tudo, uma questão de sobrevivência para a raça humana.