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Peixes tradicionais na Semana Santa chegam mais caros aos supermercados

APAS faz análise dos peixes mais consumidos na época de Páscoa para consumidor não deixar as tradições de lado

Item bastante consumido na quaresma, principalmente durante a Semana Santa e no domingo de Páscoa, o peixe sofre com a oscilação de preços neste período.

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) fez um estudo para mostrar justamente a variação do valor deste item que será destaque nas vendas nos próximos dias.

Várias análises revelam qual o peixe preferido do brasileiro e, dentre os mais consumidos e que estudamos indicadores de preços, temos a sardinha, cação, pescada e bacalhau como relevantes na mesa do brasileiro, especialmente nesta época de pico de consumo devido à quaresma e Páscoa, em que tradições arraigadas na cultura brasileira trazem este produto para os almoços e jantares das famílias”, explica Thiago Berka, economista da APAS, que completa: “E então, entra a lei da oferta e demanda, resultando em variação nos preços durante esse período”.

Segundo os estudos da APAS, os preços dos peixes nos supermercados têm dependido de uma conjunção de produção nacional adequada e câmbio favorável. A demanda brasileira não chega a ser um fator de forte mudança de preços, já que a oferta de importados ou adequação da produção nacional conseguiria atender algum pico de consumo. “Dessa forma, o poder de barganha dos supermercados pouco pode fazer para segurar a sazonalidade de preços dos peixes”, diz o economista da entidade.

Bacalhau

O preço do bacalhau nos meses de março e abril, que é quando acontece a Páscoa e têm suas vendas concentradas, está muito correlacionado à taxa de câmbio. O Brasil importa o bacalhau principalmente da Noruega, que destina quase um terço de sua produção para o Brasil, o seu maior mercado consumidor. Na década de 2000, com o câmbio estável, a importação deste tipo de peixe explodiu, ficando atrás penas do salmão.

Fonte: IPS – APAS/FIPE

“A produção externa consegue atender o consumidor brasileiro, pois há novas frentes de importadoras que abriram em países como Portugal e China para competir com os noruegueses. É por isso que nos supermercados é o câmbio quem dita se o bacalhau estará mais barato ou caro nas gôndolas”, comentou Berka.

Para esta Páscoa, a APAS projeta um aumento no preço do bacalhau de até 7,7%,  por conta do câmbio próximo dos R$ 4,00 durante todo o ano de 2019. Esta alta representa o terceiro ano mais caro dos últimos dez anos.

Cação

O cação é muito utilizado pelo brasileiro para uso em caldos e tradicionalmente tem preços mais baixos que outros peixes, sendo uma opção popular e usado como alternativa quando outros peixes apresentam preços muito elevados.

“O cação é um peixe de preços cíclicos, ligados bastante à data sazonal de quaresma. Exceto em 2010, todos os anos observaram preços tendo picos em março e abril. Notadamente o cação atinge o pico de preços antes de abril, no mês de março”, comentou o economista da APAS, que projeta aumento de 2% no preço do cação para esta Páscoa.

Fonte: IPS – APAS/FIPE

Sardinha

A sardinha tem boa produção no país, sendo Santa Catarina o principal receptor do produto (90%), ainda que parte seja importada. É um produto que está presente em diversas opções de pratos, principalmente da culinária portuguesa, e por isso é bastante consumido nesta época da Semana Santa. A previsão da APAS é que a sardinha deve estar de 10% a 11% mais cara no período de Páscoa.

A sardinha teve um pico histórico de 66% na alta de preços em maio de 2017, que foi exatamente um momento máximo de problemas na produção nacional devido a efeitos climáticos, que causaram impactos ambientais e forçaram as empresas de pesca a importarem e darem férias coletivas aos funcionários.

Fonte: IPS – APAS/FIPE

Pescada

A pescada em suas versões branca e amarela tem dificuldades de comercialização. O que se percebe é uma escalada forte nos preços desde 2018 com o produto chegando em 2019 no terceiro maior valor para a Páscoa. De acordo com a APAS o produto deve ficar até 15% mais caro este ano.

“Produzidos no Nordeste, os custos dos frigoríficos, condições logísticas e transporte aéreo caro dificultam perceber correlação de preços com a data sazonal, já que diferentes impactos de produção a todo momento dificultam análises anuais”, explicou Berka.

Fonte: IPS – APAS/FIPE
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