Artigo

Um preço caro a se pagar

Delegada Lucy

Entre tantas notícias que marcaram a semana, duas chamaram a atenção – as chuvas no Rio de Janeiro e a autorização do presidente do IBAMA para o leilão que visa à exploração de petróleo próximo da região de Abrolhos, um paraíso que abrange “apenas” a maior biodiversidade do Oceano Atlântico.

Aparentemente o leitor pode não ver relação, mas é preciso fazer esse link a fim de chamar a atenção e tentar reverter o processo de degradação ambiental que nós, seres humanos, estamos impondo ao nosso planeta.

As chuvas podem parecer obra da natureza, apenas – mas será mesmo? É fato que são eventos naturais mas não é menos verdade que as alterações climáticas decorrentes da ação humana ajudam a piorar o quadro – desocupação desordenada, descarte irregular de lixo, utilização indiscriminada de agrotóxicos e contaminação do ar e do solo são alguns exemplos de ações descomprometidas com a sustentabilidade que deveria pautar a relação homem-natureza.

Há quem defenda que essas alterações, que temos observado ao redor do mundo – e, nos últimos tempos, com uma frequência muito maior, seriam resultado de um ciclo a que nosso planeta estaria sujeito porém essa ideia já foi refutada pela grande maioria dos especialistas.

E não adianta creditar a culpa apenas às grandes empresas e aos governos – nós, reles mortais, também temos muita culpa no cartório – desperdício de água e alimentos, utilização indiscriminada de plástico, despreocupação com a reciclagem – somos bilhões de pessoas ocupando esse planeta também e será que estamos fazendo a nossa parte nesse processo? É preciso repensar nosso papel, efetiva e urgentemente – ou pagaremos um preço muito caro, num futuro bem próximo.

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