Quem quiser conhecer uma cidade, tem de caminhar por suas ruas, observar pormenores e conversar com seus habitantes para chegar a conclusões aceitáveis, ainda que preliminares. Não querendo, que perpasse a web, à cata de folhetos propagandísticos, ou veja apenas imagens e textos oficiais maquiados.
Neles não se encontrará ruas esburacados, emaranhados de fios suspensos ou rotos e dependurados, bueiros primitivos, sinalização de trânsito profusa e arbitrária, pichações a granel, lixo e infinidades de outras amostras de descaso e descuido.
Menos ainda calçadas amorfas, dejetos de animais e até humanos, praças abandonadas e ocupadas por marginais, viciados e traficantes nas barbas (ou não) das polícias. Não verão a cidades suja e real, apenas as limpas e promocionais.
Bem… e daí? Daí que a incompetência dos poderes públicos revela-se na somatória desses e de milhares de outros detalhes os quais, pela persistência no tempo, tornam-se habituais para a maioria da população.
Cai-se na mesmice de aceitar, por inércia, que “é assim mesmo”, de vez que exigir trabalho construtivo, para o qual foram contratados pelo voto, dos tais “representantes” públicos dá muito trabalho.
De fato são “duros de molejo” e não querem largar o osso, por mais desqualificados que sejam. O curioso é que tais mequetrefes possam chegar ao poder e cidadãos qualificados técnica e moralmente, não…