Artigo

Menos flores e bombons e mais respeito e igualdade

Caio Bruno

A princípio, não cumprimento as mulheres pelo 8 de março. Pelo menos não da forma tradicional com beijinhos, flores, chocolates e palavras gentis. Deixo claro aqui, que não tenho nada contra quem o faz isso de forma pura e ingênua. É, na sua essência, um gesto bonito e admirável.

Entretanto, acho que o Dia Internacional da Mulher vai além da data comercial que se tornou e também desse jogo de cena onde homens nem sempre bons cobrem de elogios e doçura por vezes para aliviar a consciência dos atos realizados nos outros 364 dias do ano.

Seja o relacionamento abusivo, as práticas machistas, a desigualdade salarial, o assédio sexual e moral e até as agressões, insultos e feminícidios que infelizmente acontecessem diariamente no nosso Brasil, o Dia da Mulher deve ser repensado e retornar às suas origens, afinal, ele foi surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto.

E no Brasil e no mundo de hoje? Há o que comemorar a cada 8 de março? Quantas cenas dantescas ainda presenciamos e o quanto de machismo cultural ainda temos? Cabe aqui a reflexão.

Você homem, assim como eu, celebre essa data o ano todo apoiando as mulheres e suas lutas por igualdade de direitos, de salários, pelo fim da opressão social, da objetificação de seus corpos e principalmente respeitando seus espaços, seus gostos, suas falas e suas vontades.

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