Até onde se sabe, os autores eram adolescentes e alunos da escola e o trabalho da polícia judiciária se concentra em apurar as circunstâncias em que os fatos ocorreram especialmente para identificar a participação de outras pessoas que possam ter contribuído para a prática do delito – o que chamamos de partícipes já que os autores, os que praticaram a conduta delituosa, não podem ser punidos por estarem mortos.
Mas isso não é suficiente para consolar os corações dos familiares, nem para curar o trauma que poderá resultar em quem foi afetado pelos acontecimentos.
Infelizmente, quando o ato criminoso efetivamente ocorre, deixa sequelas difíceis ou impossíveis de curar – por isso é que atuar na repressão dos delitos é uma difícil missão.
É forçoso reconhecer a necessidade de se entender o comportamento humano, a fim de detectar mais rapidamente anomalias que possam ser sanadas e para compreender a dinâmica do pensamento humano, especialmente daquele destinado à prática de um crime.
E esse campo é reservado à ciência da psicologia, tão subvalorizada em nossos dias, mas que, desde a antiguidade, já despertava a curiosidade dos filósofos gregos.
E o que dizer de Freud? Um gênio à frente de seu tempo, que tão bem decifrou a complexidade da mente humana e que certamente traria muitas explicações às atrocidades que assolam a humanidade desde sempre.
Prevenir um crime evita muitas lágrimas – essa é a melhor razão para apostarmos na psicologia.