EditorialHome

Editorial – Fundamentalistas

Crendices absolutas não são sinais de sabedoria e vigor. Ao contrário, são comprovantes de fragilidade e burrice. Assim, quando uma figura de governo se diz “tremendamente” adepta de uma seita, podemos, de imediato, pôr em dúvida sua sanidade mental.

Pari passu, se outra enxerga a escola como local de doutrinação ideológica segundo seus conceitos “inabaláveis” de patrioteirismo estéril imposto, o faz por desconhecer ou não crer tanto no país, quando na nação.

Fundamentalismo é a fé cega em dogmas que não admitem, grosso modo, dúvidas, discussão, investigações e críticas; para seus profetas e seguidores é como a ciência não existir, continuando a achar que a Terra é plana e o Sol em torno dela gira.

Dar a tais embotados poder de decisão em políticas de governo é estruturalmente destrutivo. É botar o Estado – republicanamente laico e politicamente multifacetado – num torniquete medieval político ou religioso.

A Carta Magna trata minuciosamente do assunto vedando, em princípio, a contenção à liberdade de crença e de pensamento, salvo se prejudiciais à sociedade por ameaçarem o Estado de Direito e suas instituições. Basta conferir.

Enfim, pusemos a correr, após dura batalha, fundamentalistas bolivarianos para os quais os meio, mesmo os mais brutais, justificam os fins. Não podemos substituí-los por seus êmulos diferentes no verniz, todavia idênticos na metodologia. Certo?

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo