Depois de pegar no tranco, engasgando tanto por mérito próprio quanto por inevitáveis transtornos de partida, o governo do Jair começa a mover-se.
Lambanças político-partidárias infantis de um lado e o fato do presidente ainda convalescer da tentativa de assassinato de outro.
Impediram o início retumbante tão esperados por fervorosas seitas fanáticas exacerbadas.
Seus dois centuriões mais avançados, Guedes e Moro, deram o empurrão providencial.
Deu-se o início da longa viagem da Reforma da Previdência e do projeto anticrime.
Pelos caminhos tortuosos, catacumbas inóspitas e perigosas perambeiras do Legislativo.
Superado esse obstáculo, é quase certo que haverá ainda tormentas intermináveis – como é de praxe – no Judiciário.
Cujo time da toga é especialista em furar a bola e postergar o campeonato para as “calendas gregas”, como diziam ironicamente os romanos.
O país que espere enquanto cultivam suas insidiosas firulas ilativas.
A questão é que o Brasil precisa dessas duas iniciativas vitais aprovadas “para ontem”.
Qualquer dilação de sua vigência afetará a governabilidade progressivamente nos próximos anos.
Resultando a perda de mais uma chance histórica.
Neste período nocivo de falar muito e pouco fazer, no qual textos no “WhatsApp”, tuite etc. causam crises institucionais, todo zelo, sabedoria e sobriedade serão bem vindos.
Não temos mais tempo a perder…