O que ganhou proporções inusitadas e fez até a BOVESPA cair e o dólar aumentar, não foi a crise cacarejada pelos setores da imprensa ávidos por escândalos e futricas.
No frigir de um ministro, o Bebiano, cuja fritura lenta levou uma semana, tivemos mera crise palaciana na qual um “príncipe” pretendeu ser mais realistas que o “rei”.
E então lá se foi o ministro pro tacho.
No regime dito republicano em que vivemos, um presidente pode nomear e depor ministros ao seu bel prazer sem dar satisfações a ninguém.
Além disso, o que não pode, é filho metido a besta dar linha e palpites no que não lhe cabe competência; estamos, dizem, ainda numa democracia, não numa monarquia.
Bem ou mal, entraremos na acirrada discussão da reforma previdenciária do Guedes e do pacote anticrime do Moro, ambos com sério problema de fundo: não foi feita a Reforma Política – mãe de todas as reformas – e o sistema segue navegando nos vícios passados.
O foro privilegiado, v.g., segue vigendo impávido.
Enfim, ambas contarão com feroz resistência dos que lucram com o atual estado de coisas, desde advogados que vivem de criminosos, num caso, a “marajás” que farão miséria para não perderem seus privilégios inaceitáveis, noutro.
Acreditamos que não havendo mais chiliques palacianos infantis e ridículos, os dois tópicos passarão no Congresso, ainda que um tanto escalavrados pelos que se servem do país. Vamos nessa!