
Seu filho é apenas um objeto de domínio e projeção dos seus desvarios e existe, geralmente, apenas para que a idolatre, cultue e venere, posicionando-a como um totem de dedicação, saber e suficiência em tudo vazio.
Essa mãe não compreende aquilo que seu filho aprendeu quando ainda lactente, isto é, que um não é a extensão do outro. Com a filha, ela compete pela primazia da beleza e adota ares de sedução deslocada; no filho, promove o rebaixamento de sua masculinidade e potência; em ambos provoca autoestima insignificante, quase nula.
Além disso, mães tóxicas denigrem a imagem do filho, jogam na cara tudo o que fazem, causam ansiedade, depressão, sentimento de menos valia, abandono emocional e uma insegurança tal que o fará se envolver em relacionamentos abusivos muito semelhantes ao experimentado com a mãe.
O psicanalista François Roustang (1923-2016) dizia que “o melhor presente que uma mãe pode dar aos seus filhos é estar bem”. Se isso não ocorre, cabe ao filho, em análise, “matar” essa mãe, desintoxicando-se de tudo que não lhe pertence e que nele foi despejado.
