A princípio, uma operação de guerra foi montada, ontem, em Presidente Venceslau (SP), para a operação de transferência de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e de outros 21 líderes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Tropa Choque, Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia), agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Força Aérea Brasileira, Exército, Comando de Operações Táticas da Polícia Federal e agentes da Polícia Rodoviária Federal, se envolveram na ação.
Os criminosos foram transferidos para três unidades prisionais federais: Papuda (Brasília), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). O prazo de permanência dos apenados nestas unidades é de 360 dias. Além disso, nos primeiros 60 dias, os líderes da facção serão inseridos no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), em cela individual e com limitação a horário de banho de sol e de direito a visitas.
Em coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que “o estado de São Paulo não será refém do crime” e ainda complementou: “nós preparamos muito bem para a execução desta medida por 51 dias”.
Em síntese, a transferência faz parte de um pedido do Ministério Público, que após receber informações sobre um plano de resgate de Marcola, de Presidente Venceslau e de que as lideranças mantinham conversas, por meio de cartas criptografadas, com ordens para ataques e organização do tráfico.