O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo investiga supostas práticas fraudulentas na empresa do setor de aço Pires do Rio Cibraço, em São Caetano, do grupo Citep. As práticas espúrias causaram prejuízos de R$ 45 milhões com sonegação.
Conforme as investigações, a fraude praticada pela organização criminosa consistia na utilização de empresas de fachada, criadas para simular operações de entrada de produtos de origem desconhecida.
No esquema estão envolvidas ao menos três pessoas físicas; contratadas para a emissão de notas fiscais em nome de 11 empresas “fantasmas”, existentes somente de forma documental; e uma empresa “simulada” aberta com aparência de regularidade; porém composta por sócios “laranjas”, criada para suportar todo o ônus tributário de eventual ação fiscal; além da empresa identificada como real beneficiária.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão.
Afinal, a Pires do Rio, por meio de nota, nega que os detidos sejam um sócio e quatro contadores da empresa.
Na sede da siderúrgica, dezenas de carros antigos, de placa preta guardados; além de uma arma e R$ 266 mil em espécie não declarados.
Sobre os veículos a empresa diz: “são declarados regularmente no Imposto de Renda e estão regularizados”.
Enfim, a siderúrgica ainda declara que foi “surpreendida” com a ação e nega ter qualquer envolvimento nos esquemas em operações “de compras da empresa Rio Branco Importadora e Distribuidora Ltda. – estabelecida na cidade de Cajamar -; que estaria sendo investigada por operações ilícitas envolvendo créditos de ICMS”.
As transações comercias entre as duas foram cessadas. A Pires do Rio diz estar “à disposição para esclarecimentos”.
