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Wagner Natale, da Rebal: “Tenho muito orgulho de ser brasileiro e comerciante”

De engraxate, a barbeiro, subcontador, contador, administrador, superintendente da Casas Bahia, e há 30 anos comandante da Rebal, que começou em 30 m² e hoje tem 5,5 mil m² com mais de 10 mil itens de utensílios de cozinha, Wagner Antonio Natale é o empreendedor que vem à mente quando se pensa no Dia do Comerciante, a ser celebrado nesta segunda-feira, 16 de julho.
Comerciante do Ano em 2008 (“faz 10 anos já”, lembra com orgulho) pela Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Natale  destaca o fato de ser agraciado com a premiação recebida anteriormente pelo ex-patrão, Samuel Klein (Casas Bahia), homenageado na Medalha comemorativa pelos 80 anos da Aciscs.
Atuante, participou das campanhas de Natal da Aciscs. Em 2014, recebeu no ABC Repórter o “Top Of Mind”.
No trabalho, Natale exibe um quadro com a foto do Natal de 1952, ele dentro do carrinho feito pelo pai, Basílio, a partir de um caixote, porque não tinha dinheiro para comprar brinquedo.
“Hoje eu sou peça de museu”, brinca, ao contar que a foto está na Fundação Pró-Memória de São Caetano, cedida por sua mãe, Pascoalina.
Ele não esconde o brilho nos olhos ao ressaltar a importância da família em sua trajetória. Tanto que, ao lado da foto no carrinho, tem um quadro pintado pela mulher, Janete, que ele interpretou como o caminho de sua vida – “do inferno ao céu”, resume, lembrando das dificuldades que superaram juntos -, e na parede oposta o certificado de Comerciante do Ano.
O empenho dos filhos Glauco e Thaís reforça a crença na importância do núcleo familiar e leva a nova manifestação: “Tenho muito orgulho deles”.
E arremata: “Me sinto também responsável pela família, não só a minha, mas a dos 94 colaboradores (entre eles, eu) que temos na Rebal”. Negativo/Positivo
Natale lista aspectos negativos e positivos para falar sobre o Dia do Comerciante. Começa pelos piores para terminar com os melhores.
De negativo, os “desmandos até no STF, a falta de investimento que dificulta a geração de empregos, a fúria tributária (em 1988 pagava-se ICMS 30, 60 dias depois de fechado o mês, e agora paga-se antes de a mercadoria sair do fornecedor), a usura nos juros bancáros”, entre outros.
Mas o comerciante destaca o lado positivo: “A bandeira do Brasil está sempre hasteada aqui, porque tenho muito orgulho de ser brasileiro e comerciante; somos um povo receptivo, entusiasta, dedicado, empreendedor, e o comerciante é o elo de ligação entre a indústria e o desejo da população de possuir algum bem”.
Wagner Natale conclui enaltecendo o empresariado, “que tem de dar sustento às famílias dos funcionários, e fazer das tripas o coração para isso”, e conclui: “Vamos dar um jeito em tudo!”

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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