Em São Bernardo, Chácara Silvestre recebe exposição que celebra 130 anos da abolição
A mostra ocorre no antigo casarão do ex-prefeito Wallace Simonsen, exibindo figurinos e paramentos que contam um pouco do cotidiano das mulheres dentro do Candomblé. As peças fazem parte do acervo de Carmen de Melo Maciel, a Mãe Carmen de Oxum, que comanda o terreiro Ilê Olá Mí Asé Opô Araká, no bairro Alvarenga, em São Bernardo.
Representante das religiões de matriz africana no comitê gestor da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, a yalorixá lidera a casa religiosa há mais de 20 anos, que também é tombada pelo Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural) de São Bernardo.
“Mais do que um movimento religioso, o candomblé faz parte das tradições africanas e da ancestralidade brasileira. Esta exposição reconhece o valor cultural da manifestação imaterial, o legado histórico e cultural das populações afro-brasileiras na formação de nossa sociedade”, afirmou a mãe Carmen de Oxum.
A exposição foi idealizada por Claudio Henrique de Melo Maciel, 39 anos, o Pai Claudinho de Oxum, filho de mãe Carmen. “A ideia foi contar um pouco do cotidiano das mulheres dentro do Candomblé. Essa exposição é muito especial pois homenageio a Mãe Carmen, que é a minha mãe, e todas as mulheres. O que seríamos sem as mulheres?”, explicou.