A partir dos anos 1970 emergiram organizações que passaram a incluir na pauta a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher.
Em 1985 foi criada a primeira Delegacia da Mulher, grande avanço na lei, mas na prática nem sempre. A maioria não trabalha nos fins de semana, e em algumas as agredidas são atendidas por homens, delegados que tentam conciliar o casal. Muitas são mortas na agressão seguinte. São Caetano não tem delegacia da Mulher. Agredidas devem ir a São Bernardo ou Santo André para prestar queixa.
A lei Maria da Penha é de 2006. A ONU considera uma das três melhores do mundo.
A Lei de 2009, que garante 30% das candidaturas às mulheres, levou ao aumento do número, mas tem sido ineficaz para concretizar a eleição. Ocupamos apenas 10,7% das cadeiras da Câmara dos Deputados e 14,8% do Senado.
Em São Caetano temos 19 vereadores. Só uma é mulher. Graças à capacidade e perseverança de Suely Nogueira.
No Fórum Econômico Mundial de Genebra, em 2016, chegou-se à conclusão de que o Brasil irá levar 100 anos para equiparar a diferença salarial entre homens e mulheres.
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em março, deve servir continuamente à discussão das discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas, tão evidenciado por denúncias contra atores e o líder máximo dos EUA.
As lutas iniciadas há um século não são lineares, têm vários hiatos no tempo. As mudanças na situação feminina irão se solidificar com as leis, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado, mas principalmente com a educação.
Precisamos urgentemente ter a consciência de que detemos um poder verdadeiro, porque somos nós mulheres que educamos nossos filhos, e eles são moldados de acordo com nossas crenças e valores.
