Editorial – Estado lamentável

Divergindo na concordância, diríamos que o Estado somente é um ente metafísico na letra fria da lei. Na vida real, neste país, é o monstro predador, voraz e insaciável que muito tira e pouco dá em troca a quem, a contragosto, o sustenta com seus impostos. O Estado, no Brasil, não é uma ficção: é uma aberração.
Todavia, reflete a índole social que o propicia. Está, para a História, como o “Bezerro de Ouro” está para o Êxodo: uma monumental suruba! Só que, ao contrário da Bíblia, triunfante. Não há Moisés a dar-lhe jeito e liderá-lo à “Terra Prometida”. Mas, é pródigo em falsos profetas que o acalentam.
A tese de Estado Mínimo, que também defendemos, requer elevado nível de consciência social, resultante de cultura política evolutiva, pragmática e racional, refletida nos representantes que a sociedade escolhe. Elegendo sistematicamente calhordas favoritos, seguirá financiando o Leviatã “ad aeternum”.
Melhor uma democracia mequetrefe, porém, que qualquer totalitarismo. Mesmo que, em vez de no Estado mínimo, vivamos num Estado lamentável…

