Politica

Editorial – Estratégias pérfidas

 Num editorial intitulado “Sururu na aldeia”, de 17/09/14 afirmamos, falando da Lava Jato: “Há pânico em Brasília, que reage atacando a investigação e pondo a culpa de seus desmandos nos adversários políticos, como é do seu feitio. Não pega mais. O sururu está armado e quem não estiver determinadamente contra os corruptos, é cúmplice”. O problema é que os “adversários políticos” uniram-se. 
Em outros reafirmamos que a limpeza do lixão político exposto pelo “Petrolão”  emperraria nos altos píncaros do Judiciário, a mando do Executivo e do Legislativo, dominados por chefes de gangues fartamente denunciados nos últimos anos. Queríamos estar errados, mas, foi esse o bicho que deu. 
Das cúpulas do Estado, no que tange à corrupção, nada há a esperar, no futuro, senão o que vemos atualmente: tretas baseadas na conveniência, conivência e cumplicidade. Dentre mortos e feridos, salvar-se-ão todos. A razão? A cidadania sumiu das ruas, desistiu da faxina e deixou a Lava Jato à própria sorte. 
Mantida a pressão, outros seriam os resultados. Repetimos: “…quem não estiver determinadamente contra os corruptos, é cúmplice”. Mais lamentável que uma escolha errada é a omissão, mais pérfida ainda que as estratégias escatológicas da casta política. 
Parafraseando, quem sabe, Martin Luther King, diríamos que, quando os tidos como bonzinhos se omitem, os mauzinhos deitam e rolam… 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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