Mais de 90 famílias já integram Moeda Verde, que troca recicláveis por alimentos
Com o Moeda Verde, o morador recebe gratuitamente 1kg de alimentos ao entregar 5kg de recicláveis ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). O material segue para a reciclagem. Experiência piloto inédita na região, o objetivo é expandi-la paulatinamente para toda a cidade, de acordo com o prefeito Paulo Serra.
Por enquanto, o projeto foi implantado para moradores da comunidade dos Ciganos, em Utinga, onde existia o pior ponto de descarte irregular da cidade. A cada 15 dias, uma agência móvel do Semasa e da Prefeitura vai ao local para fazer a troca. A próxima será no dia 20 de dezembro.
“Nós gastávamos R$ 300 mil todos os anos para fazer a limpeza deste ponto onde está sendo feita a troca. Por isso começamos o projeto por aqui. Hoje, a pessoa traz os recicláveis e sai com alimento. Este projeto traz cidadania, consciência ecológica e também, neste período de crise que a gente infelizmente ainda vive, oferece ajuda para a alimentação das famílias”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB), que participou da entrega ontem juntamente com a primeira-dama, Ana Carolina Barreto Serra.
O ponto de descarte, além de receber a agência móvel do Moeda Verde, está sendo requalificado pelo Semasa e pela Prefeitura e já foi transformado em área de estacionamento. E, nas vizinhanças, será implantada este mês uma nova Estação de Coleta, para que os moradores possam descartar resíduos volumosos.
O projeto Moeda Verde é uma parceria entre Semasa, o Núcleo de Inovação Social, o Banco de Alimentos, o Fundo Social de Solidariedade e a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).
Além disso, há também a parceria com o Instituto Triângulo, que entrega 1 barra de sabão para cada litro de óleo de cozinha usado entregue pelo morador.
Enquete realizada pelo SESCON-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) com 800 empresários de contabilidade mostra que mais de 70% das organizações de médio e pequeno porte ainda não estão prontas para o eSocial. Apenas 7% concluíram as adaptações necessárias.
O cronograma de implementação do sistema começa a partir de janeiro de 2018, com a obrigatoriedade para o primeiro grupo de empresas: aquelas com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2016. A segunda etapa terá início em 16 de julho, contemplando os demais empregadores, incluindo micros, pequenas empresas e microempreendedores individuais. Já os entes públicos passam a integrar a ferramenta a partir de 14 de janeiro de 2019.
Para o presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, o resultado da enquete revela principalmente uma resistência cultural em investir e alterar rotinas. A maioria das empresas consultadas no levantamento (38%) ignora a necessidade de adequação e ainda não assimilou as consequências. “Apesar dos custos e dificuldades iniciais para a adoção completa ao eSocial, as vantagens são inúmeras”.