Editorial – Dando mole para o azar

 Consultando porteiros, síndicos e administradores de imóveis, houve unanimidade em afirmarem que poucos moradores cumprem normas de segurança divulgadas amplamente pela mídia e especialistas do setor: antes de entrar com carro num edifício, observar com atenção o entorno. 
Entrando, parar logo após a porta até que se feche, para só depois estacionar na vaga. Saindo, pedir ao porteiro que observe a rua, de não haver circuito externo de câmera e, igualmente, só seguir após a porta estar fechada. Síndicos há que instalam faixas muito visíveis nas rampas de garagens com tais instruções. A maioria sequer as vê.  
Daí vem a bandidagem, pega a garagem aberta e invade, barbariza, rouba, deita e rola. As pessoas conscientes dos riscos da violência urbana e seguidoras das regras citadas, raramente botam a culpa de um desastre desses na polícia, no governo estadual, federal ou no prefeito: sabem que algum morador falhou seja por inconsciência, seja até por mau caráter derivado de crasso individualismo. Estes, botam a culpa até no Papa.  
Diz o adágio que  zelar pela segurança pública é uma obrigação do Estado, mas, é também um dever do cidadão. Polícia na rua é essencial, sim, para coibir a criminalidade. Mas, se não fizermos nossa parte, estaremos dando mole para o azar e colaborando para pôr não só nossa vida e patrimônio em risco, como também os dos vizinhos. Certo? 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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