Editorial – O enfermo
Os poucos que afirmam estarmos aqui para tudo destruir parecem ter razão. O que está feito até hoje e desde as origens é, definitivamente, o que a humanidade pode e sabe fazer. Pudesse melhor, melhor teria feito. Mas, somos pródigos ao enaltecer nossas próprias lambanças, atribuindo-lhes inclusive surreal caráter divino.
Quando não, enveredamos a idolatrar mitos e lendas hipotéticas e a pôr a culpa das calamidades decorrentes em demônios improváveis, ambos frutos do imaginário popular astutamente manipulado. Basta ver quem e o quê escolhemos para nos representar, na política. São o nosso alter ego, nossa verdadeira cara.
Podemos selecionar os menos ruins ou os piores, entrando em cena a questão de inteligência e índole. Ou, aleatoriamente, qualquer um de vez que o voto é obrigatório. O fato incontornável é que, num planeta em si enfermo, o país foi posto numa UTI da saúde pública e, pelo visto, das mais desmanteladas.
Em 2.018 poderíamos mudar ligeiramente tal realidade, dando ao paciente alguma sobrevida. Ou então desligar-lhe, de vez, os aparelhos…