Editorial – Aposta premiada
O intento bolivariano, por hora contido no Brasil, desenvolveu-se desde 2003 por quem não acredita em democracia, liberdade ou divindades, embora encham a boca e babem na sopa de tanto mencioná-las. A arma usada foi e ainda é a corrupção e seu farto corolário de escândalos e imoralidade, bandalheira e artifícios por todos fartamente conhecidos. Não age contra, quem com isso se identifica.
Nos casos da Lava Jato, as estratégias em ação para salvar os denunciados é descarada: procrastinação ad aeternum dos processos, uso intensivo da aberração do “foro privilegiado” – inaceitável em países civilizados – matando as denúncias ao remetê-las ao Legislativo, convertido em autêntico “tribunal do crime”, e fortalecimento das leis que protegem a bandidagem política, dentre inúmeras outras manobras sutis.
É aposta premiada pois, extinta a indignação nas ruas, o foco é a escolha dos calhordas prediletos no ano que vem, para perpetuação desse sistema. É ruim, hein?