Editorial – Prisão em 2ª Instância

 “Tem-se observado a sua progressiva inobservância em decisões monocráticas proferidas por ministros do STF. A revogação deste importante precedente, menos de um ano após a sua formação, vai de encontro à necessidade de se garantir um sistema jurídico estável e previsível”. (Raquel Dodge, Procuradora Geral da República, sobre o projeto de alguns ministros do STF detonarem o estatuto da prisão em segunda instância). 
Assim como a delação premiada, encanar patifes na condenação em segunda instância é peça-chave para passar o sistema político a limpo. Alguns sinistros personagens da Corte Suprema, agindo como tarefeiros de políticos corruptos de grosso calibre, querem voltar ao passado, à impunidade e à incoerência jurídica. 
O objetivo principal é asfixiar a Lavajato, cercear a PF e o MPF e, prioritariamente, livrar Lula e outros da cadeia após veredicto condenatório do TRF da 4ª Região. Afirmamos, vezes, que a faxina em andamento desde 2.013 trombaria com as cúpulas do Judiciário. Não deu outra. 
A PGR Raquel Dodge tocou no cerne da maracutaia: sem quem denuncie canalhocratas, não haveria prisões e os condenados seriam beneficiados com todo tipo de chicanas, incluindo a prescrição dos processos. Sem a prisão imediata após a segunda condenação na mesma lide, os condenados flanariam livremente pelas catacumbas da política… Poderiam, até, chegarem a presidente.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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