Editorial – Primeira necessidade

 Candidato que não tiver telhado de vidro, chamativo a pedradas, deve precaver-se e ter, nas algibeiras, prontos alguns “artigos” de primeira necessidade: o 138, 139 e 140 do CP, além do 339, se for o caso. Casos há que dão multa salgada e cadeia de até 8 anos para quem der “- causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente”. No combate à difamação, calúnia e injúria e denunciação caluniosa, portanto, são essenciais. 
Pelo andar da carroça, as eleições do ano que vem terão 0,1% de projetos e programas de governo e 99,9% de sacanagem, safadeza, picaretagem e muita conversa mole pra boi dormir. Acham que o povão gosta e não os obriga a quebrar a cabeça tentando resolver os problemas nacionais. 
De fato, desde a última eleição, as máquinas de destruir reputações não pararam de funcionar. Quanto mais calhordas piores os boatos, enfática e principalmente nas redes sociais. Esquizofrênicos, idiotas (lato sensu), imbecis (idem) e energúmenos de todo gênero, julgando-se nelas impunes, não economizam munição. Vale tudo, mesmo! 
O cidadão de bem não deve votar nos que tal propiciam, usam e abusam. E, os sacaneados, agir com firmeza aplicando os artigos de primeira necessidade mencionados. É por aí!